quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

INFORMATIVO DE NOVEMBRO

SEGUNDA IGREJA BATISTA REGULAR EM PORTO VELHO


Av. Amazonas nº 3967 Box 07 - Bairro: Agenor de Carvalho

MINISTÉRIO PASTORAL:
Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira

“COM EFEITO GRANDES COISAS TEM FEITO O SENHOR POR NÓS POR ISSO, ESTAMOS ALEGRES.” (SALMO 126.3)

AMADOS IRMÃOS SAUDAÇÕES EM CRISTO,

Como é bom desfrutar da bondade e da misericórdia do SENHOR em nossas vidas, é maravilhoso poder ver, presenciar e sentir o agir de DEUS em nossas vidas. Certamente esse versículo traduz de forma clara os grandes feitos e maravilhas que DEUS tem operado em nosso meio.
DEUS tem usado pessoas, igrejas, amigos , irmãos e pastores para nos abençoar, recentemente recebemos uma doação de um terreno medindo (15x30) a onde iremos com a GRAÇA do pai construir o nosso templo. O terreno estar avaliado no valor de 50.000,00(cinqüenta mil reais), foi doado pela irmã FRANÇA ALVES BRASIL, nossa tesoureira, uma crente fiel, justa, e muito envolvida na obra do SENHOR.
Também recebemos a doação da assinatura da planta da obra e a doação do projetista do desenho, ambos se fossemos pagar ficaria em 7.000,00(sete mil reais), MS o SENHOR usou a engenheira e o desenhista para nos abençoar com essa oferta.
Estamos na campanha para construir nosso templo, estamos recebendo algumas doações e de imediato estamos comprando alguns materiais como tijolo, telhas brasilit, ferro, madeira, cimento e etc. Todas as ofertas enviadas para a conta(C.C: 0082074-1 AG: 153-8 BRADESCO MARCOS GLAISON) são destinadas unicamente para construção do templo. Ofertas destinadas a mim, devem ser depositadas na conta(AG: 153-8 C.C: 0540208-5 BRADESCO MARCOS GLAISON) Desta forma não tem como fazer confusão, e fica melhor para eu prestar contas do dinheiro que foi enviado para a construção.
DEUS também me favoreceu usando a enfermeira ALINE, que bondosamente me guiou a fazer todos exames que precisava fazer para ver o que estava acontecendo comigo. Graças a DEUS não tem nada grave, exceto um aumento do trigliceride(gordura no sangue) a taxa máxima é 200, eu estou com 280. A enfermeira ALINE me arrumou duas caixas de medicamentos, que se eu fosse pagar iria ficar sem tomar um bom tempo devido falta de condições. Sem falar no custo dos exames que pagaria, caso não tivesse DEUS usado nossa irmã. Continue orando por minha saúde, para que eu possa controlar essa trigliceride.

Pedidos de oração:

• Construção do Templo – Precisamos de recursos para a compra de material e etc.
• Renovação do documento da minha moto – Preciso renovar o documento da bis, o valor da renovação é 450,00(quatrocentos e cinqüenta reais)
• Organização da congregação em Igreja – Estamos com o plano de organizamos a congregação em igreja no mês de agosto de 2011, ore pra DEUS confirmar e abrir as portas.
• Nossos Missionários – Por nossos missionário – Izaias Arruda - Junior Messias -Eliane Araujo(Cabo Verde); Pr. Luzanilton Neves (Juazeiro); Pr. Elias Melgarejo(Mato Grosso); Pr. Jefferson Quevedo(India); Pr. Geraldo Cruz(Colombia); Miss. Haildelene Muchaia(Moçambique); Miss. Jamillene Andrade(Fortaleza); Pr. José Ribeiro Carvajal(Porto Velho); Pr. Wanderbergh Coelho(Rio Branco/AC); Pr. Heron Morais(India). Missão Barnabé(Rio Branco/AC).
• Mais mantenedores – Precisamos de mais cooperadores que invistam em nosso ministério, tenho promessas de duas igrejas que nos adotaram como missionários, ore por essas igrejas.
• Minha Saúde – Estou com o triglicéride(gordura no sangue) alto – Estou tomando os medicamentos doados pela enfermeira Aline.

Agradecimentos:

• Recuperação de Stephanie – Sofreu um acidente de moto, mas já estar trabalhando, obrigado pelas orações.
• Minha saúde: Fiz uma serie de exames e só foi diagnosticado um aumento de triglicéride no sangue. A taxa máxima e de 200 a minha estar em 280. Já estou fazendo uma dieta e tomando os medicamentos.
• Doação do terreno e da assinatura da engenheira e do desenhista. Essas doações chegaram em boa hora, DEUS seja louvado.
• Igrejas e Irmãos que nos apóiam – Obrigado pelas igrejas cooperadoras e irmãos que tem investido no nosso ministério(Igreja do Novo Juazeiro/CE – Igreja de Jardim/CE – Igreja Sião/CE – Igreja Canaã/AC – Igreja Tessalônica/AC – Igreja Campinas/AC - Igreja Batista Bíblica Canaã/AC).
• Aline e Esposo(Jackson) – Apresentem diante do trono da graça a vida da irmã Aline e roguem a DEUS pela salvação de seu esposo Jackson.

Agradeço todo apoio dispensado ao nosso ministério, muito obrigado pelas ofertas de amor, orações e palavras de animo.
No amor de Cristo,

Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira
AG: 153-8 C.C: 0540208-5 BRADESCO
IMAIL: prmarcos_regular@hotmail.com
FONE:(69) 8118-5212(TIM) 9219-4382(CLARO)
3214-3562(CASA) 3222-2180(TRABALHO)

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FAZER MISSÕES É ANDAR NO LIMITE, E O LIMITE DE DEUS É OS CONFINS DA TERRA

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

PREGA A PALAVRA



Toda época de reforma e despertamento espiritual tem sido iniciada por uma restauração da pregação bíblica. A causa e o efeito são inseparáveis e invariáveis. J. H. Merle D’Aubignè, famoso historiador da Reforma, escreveu: “A única e verdadeira reforma é aquela que emana da Palavra de Deus”. Isso significa: a condição da igreja corresponde à condição do púlpito.
Isso aconteceu à igreja por ocasião da Reforma Protestante, no século XVI. Martinho Lutero, João Calvino e outros reformadores foram levantados por Deus para liderar essa época. Na vanguarda, estava a sua restauração da pregação expositiva que contribuiu ao desencadeamento do movimento religioso que mudou a Europa e, por fim, a civilização ocidental. Tendo o Sola Scriptura como seu lema, uma nova geração de pregadores bíblicos restaurou o púlpito à sua glória anterior e ressuscitou o cristianismo apostólico.


O mesmo aconteceu na época áurea dos puritanos, no século XVII. Uma restauração da pregação bíblica se propagou como um fogo violento na religião árida da Escócia e da Inglaterra. Um ressurgimento do cristianismo autêntico aconteceu quando um exército de expositores bíblicos – John Owen, Jeremiah Burroughs, Samuel Rutherford e outros – marchou sobre o Império Britânico com a Bíblia aberta e voz erguida. Como conseqüência, a monarquia foi abalada, e a história, alterada.


O século XVIII testemunho exatamente a mesma coisa. A pregação de Jonathan Edwards, George Whitefield e dos Tennents, saturada de Bíblia, trovejou nas colônias primitivas na América. O litoral do Atlântico foi energizado pela proclamação do evangelho, e a Nova Inglaterra, grandemente impactada. A Palavra era pregada, almas eram salvas, e o reino se expandia.
O fato é que a restauração da pregação bíblica sempre foi o principal fator em todo avivamento genuíno do cristianismo. Philip Schaff escreveu: “Todo verdadeiro progresso na história da igreja é condicionado por um novo e profundo estudo das Escrituras”. Isso significa: todo grande avivamento na igreja tem sido iniciado por um retorno à pregação expositiva.


D. Martyn Lloyd-Jones, pregador da Capela de Westminster, disse: “A necessidade mais urgente da igreja cristã contemporânea é a verdadeira pregação. E, se essa é a maior e a mais urgente necessidade da igreja, ela é também a grande necessidade do mundo”. Se esse diagnóstico é correto (e creio que é), um retorno à verdadeira pregação – pregação bíblica, expositiva – é a grande necessidade desta hora crítica. Se uma reforma precisa vir à igreja, ela tem de começar no púlpito.


Em seus dias, o profeta Amós advertiu quanto a uma penúria vindoura, uma secura terrível que cobriria a terra. Mas não seria a mera ausência de água e alimentos, pois a escassez seria muito mais fatal. Seria uma fome de ouvir a Palavra de Deus (Am 8.11). É certo que a igreja contemporânea se acha em dias de escassez semelhantes àqueles. Tragicamente, a exposição bíblica está sendo substituída por entretenimento; a doutrina, por dramatização; e a teologia, por teatro; e a pregação, por apresentações. O que é desesperadoramente necessário é que os pastores retornem à sua vocação sublime – a comissão divina de “pregar a Palavra” (2 Tm 4.1-2).


O que é pregação expositiva? João Calvino, o reformador de Genebra, explicou: “ Pregar é a exposição pública da Escritura por meio do homem enviado da parte de Deus, pela qual Deus mesmo é apresentado em juízo e graça”. Em outras palavras, Deus está sempre presente, por meio de seu Espírito, na pregação de sua Palavra. Esse tipo de pregação começa com um texto bíblico, permanece nele e mostra o seu significado tencionado por Deus, de um modo que transforma a vida.


Esta foi a última responsabilidade que Paulo outorgou a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). Essa pregação precisa declarar todo o conselho de Deus na Escritura. Toda a Palavra escrita de Deus tem de ser exposta. Temos de ensinar todas as verdades, expor todos os pecados, oferecer todas as graças e apresentar todas as promessas.


Um avivamento enviado do alto começará somente quando a Escritura for entronizada novamente no púlpito. Tem de haver uma proclamação retumbante da Bíblia, aquele tipo de pregação que apresenta uma explicação clara de um texto bíblico com aplicação, exortação e apelo constrangedores.


Todo pregador deve limitar-se às verdades da Escritura. Quando a Bíblia fala, Deus fala. O homem de Deus não tem nada a dizer sem a Bíblia. Não deve exibir suas opiniões pessoais no púlpito. Tampouco deve expor filosofias mundanas. O pregador está limitado a uma tarefa: pregar a Palavra.


Charles Haddon Spurgeon disse: “Prefiro falar cinco palavras deste Livro a falar 50.000 palavras dos filósofos. Se queremos avivamentos, temos de ressuscitar nossa reverência para com a Palavra de Deus. Se queremos conversões, temos de colocar mais da Palavra de Deus em nossos sermões”. Isso continua sendo a necessidade gritante de nossa época.
Que uma nova geração de homens poderosos se levante e fale, e façam-no de modo altissonante e claro! A condição da igreja corresponde à condição do púlpito.



QUE DEUS NOS ABENÇOE.

sábado, 6 de novembro de 2010

A Mente Cristã e o Ministério Cristão

Em 1744, Jonathan Edwards pregou um sermão sobre João 5.35, que diz: .Ele era a lâmpada que ardia e alumiava, e vós quisestes, por algum tempo, alegrar-vos com a sua luz.. Edwards supôs corretamente que João Batista era um protótipo do ministro do evangelho (At 19.4). A tese de Edwards era que a excelência do ministro do evangelho consiste em que ele seja uma lâmpada que arde e ilumina; ou seja, espiritualmente falando, o ministro do evangelho tem de ser um homem de calor e de luz.Ele tem de ser um homem de devoção e de paixão, de conhecimento espiritual e de discernimento. Em relação a este segundo aspecto, os ministros do evangelho têm de ser, por eminência, homens de luz espiritual.Um pastor ignorante não traz qualquer crédito para seu Senhor. Os ministros do evangelho são comissionados por Deus para serem portadores de luz espiritual para homens que se encontram nas trevas (At 26.16-18; 2 Co 4.3-6).Um dos fatores que os capacitará a cumprirem sua função de portadores de luz é a posse de um ponto de vista bíblico a respeito do intelecto.Os ministros do evangelho têm de possuir uma opinião correta a respeito do lugar vital da mente na vida cristã, em geral, e do ministério cristão, em particular, a fim de serem guias espirituais dignos de confiança. Estamos em uma época de ante-intelectualismo sem fundamento na Bíblia, por um lado, e de hiper-intelectualismo não-santificado, por outro lado. Somente um ponto de vista bíblico a respeito do intelecto capacitará um ministro do evangelho a corrigir esses dois erros.Neste artigo, oferecemos apenas uma sugestão. Todavia, pensamos que tal sugestão deve ser útil ao desenvolvermos pontos de vistas bíblicos a respeito do importante papel da mente na vida e no ministério cristão. Uma teologia do intelecto pode ser extraída de três assuntos bíblicos: a Criação, a Queda e a Redenção.1. A CRIAÇÃO

a) O homem foi criado como um ser bipartite. Deus criou o homem constituindo-o de dois componentes: corpo e espírito. De acordo com Gênesis 2.7, Deus criou o homem, por formação, do pó da terra e por transmissão do espírito de vida. Conseqüentemente, o homem é constituído de duas partes:uma parte material e uma parte invisível. O produto dessa dúplice ação de formar e de transmitir foi que o homem se tornou uma alma vivente. Alguns afirmam que o uso do intelecto deveria ser evitado nas coisas espirituais.Alega-se que o segredo da verdadeira vida espiritual consiste em rejeitar a mente e assumir uma postura de passividade aos impulsos e impressões do .espírito.. No entanto, essas idéias estão alicerçadas em um ponto de vista tricotômico do homem, que tem suas raízes na filosofia grega.A utilização da mente não é um exercício inerentemente mau; tampouco é ante-espiritual. A mente e o espírito humano não se opõem um ao outro, nem competem um com o outro. Na verdade, a mente humana tem um lugar vital na vida cristã.

b) O homem foi criado como um ser racional. O homem foi criado para pensar. O que estabelece a diferença entre os homens e os animais?Entre outras coisas, a sua capacidade de pensar e raciocinar. Isso é o que a Bíblia chama de entendimento (ver Sl 32.9). Os animais agem por instinto. O homem age por escolha inteligente. Ele foi criado para pensar os pensamentos de Deus, de conformidade com Ele. Deus se revela ao homem como um ser racional.Ele tem se revelado na criação (Sl 19.1). Desde a criação do mundo, os atributos invisíveis, o eterno poder e natureza de Deus são percebidos por meio das coisas que Ele fez (Rm 1.20). Todavia, Deus tem se revelado também através da Palavra escrita.A revelação de Deus é visualizada na natureza. Nas Escrituras, ela é verbalizada. A comunicação através de palavras pressupõe mentes que possam entendê-las e interpretá-las. As palavras são meros símbolos sem significado, se não forem decifrados por um ser inteligente.O homem não pode conhecer a vontade de seu Criador sem a utilização da mente.

2. A QUEDA

Nos versículos iniciais de Gênesis 3, que instrumento a serpente utilizou para entrar no coração de Eva e levá-la ao erro? O instrumento foi a mente (Gn 3.1-6). Nessa passagem, encontramos a primeira ocorrência de comunicação corrupta nas Escrituras.Por meio de uma comunicação corrupta, a serpente foi capaz de envenenar os pensamentos de Eva, de levá-la a pensar mal sobre o seu benevolente Criador e de plantar as sementes da incredulidade no solo do coração de Eva. Dessa maneira, toda a nossa raça foi levada à rebelião e caiu sob a maldição do pecado.
Como resultado disso, a mente do homem, bem como todas as outras partes de sua constituição, sofreu um efeito devastador. Cada parte do ser humano foi corrompida, incluindo sua mente (Ef 4.17,18). Agora, ao invés de pensar os pensamentos de Deus, de conformidade com Ele, o homem caído detém a verdade pela injustiça (Rm 1.18).A mente do homem está inclinada para a carne , é hostil contra Deus e contra a sua lei (Rm 8.7). As emoções do homem também foram corrompidas (Gn 3.6).Até hoje, a mente continua a ser o campo de batalha na guerra espiritual. Sem cairmos na especulação, podemos afirmar, fundamentados na Palavra de Deus, que Satanás tem habilidade para influenciar as mentes dos homens (2 Co 4.4). Como pregadores, é contra isso que sempre nos levantamos em cada vez que proclamamos a Palavra de Deus, não somente quando a pregamos para os incrédulos, mas também quando o fazemos para o povo de Deus (2 Co 11.3). A alma do homem se tornou perdida no campo de batalha da mente e tem de ser recuperada nesse mesmo campo de batalha.Precisamos ter uma teologia correta a respeito da mente, pois, do contrário, estaremos desperdiçando tempo e recursos preciosos ao travarmos a batalha espiritual.

3. A REDENÇÃO

O lugar vital do intelecto está evidente na conexão com cinco assuntos que estão, de alguma maneira, relacionados à redenção.

a) Evangelismo. Tem de existir verdade suficiente no conteúdo de nossa pregação, a fim de que a fé seja formada no ouvinte. Temos de apresentar Cristo na plenitude de sua pessoa humana e divina, bem como na plenitude de sua obra de salvação. Os pecadores não invocarão um Cristo em quem eles não creram.Eles não crerão em um Cristo a respeito de quem não ouviram; e não ouvirão, a menos que um pregador lhes fale sobre Cristo (Rm 10.14). Por conseguinte, nossa pregação precisa ter conteúdo bíblico suficiente e sólido.Nossa tarefa como prega dores não consiste em fazer um apelo emocional e ante-intelectual em favor de decisões, quando nossos ouvintes têm apenas noções obscuras a respeito de quem é Jesus, o que Ele veio fazer, em favor do que e por que eles têm de decidir.Os apóstolos persuadiram os homens. Argumentaram com eles utilizando as Escrituras. Temos de oferecer aos homens afirmativas racionais da verdade, se desejamos que eles respondam corretamente à verdade.

Nossa mensagem precisa oferecer-lhes suficiente verdade em relação à qual eles reagirão. Estejamos certos de que os pecadores não serão salvos sem a obra do Espírito Santo no coração deles. Todavia, o Espírito Santo não age em um vácuo intelectual.Se os homens devem ser salvos, certa medida de verdade tem de estar presente em nossa pregação.

b) Santificação. A santificação é a restauração da imagem de Deus no homem. É a obra do Espírito Santo em conformar o povo de Deus à imagem de Cristo. O processo de santificação sempre envolve a Palavra de Deus e se realiza na vida dos crentes, quando o Espírito Santo aplica-a à consciência deles e os torna dispostos a prestar obediência a Deus (2 Ts 2.13).O Espírito Santo é o Espírito da Verdade e santifica o povo de Deus utilizando a Palavra da Verdade. Na santificação, o Espírito Santo não deixa de lado a mente humana. Tampouco Ele trabalha diretamente sobre a mente humana, sem a utilização da Palavra de Deus. Essa é a razão por que nosso Senhor orou: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. (Jo 17.17). A santificação acontece por intermédio da obra do Espírito juntamente com a Palavra de Deus. Também ela não se realiza pelo Espírito sem a Palavra, o que é misticismo; nem pela Palavra sem o Espírito Santo, o que é formalismo.De acordo com Efésios 4.24, o novo homem foi criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Colossenses 3.10 afirma que o novo homem se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.O crente não deve ser forjado nos moldes do mundo, e sim transformado pela renova ção de sua mente (Rm 12.2). Harry Blamires descreveu a mente cristã como uma mente treinada, informada e equipada para manejar as informações da controvérsia secular, dentro de um corpo de referências que está constituído de pressuposições distintamente cristãs. (.A Mente Cristã., p. 43).Ele prossegue afirmando que os verdadeiros pensadores cristãos parecem não existir em nossos dias. O crente moderno sucumbiu à secularização. (ibid., p. 3).Infelizmente, isso é contrário à nossa redenção em Cristo, o qual, da parte de Deus, se tornou sabedoria para nós (1 Co 1.30). O apóstolo Pedro afirmou: Vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento. (2 Pe 1.5 - ênfase acrescentada).Ele exortou seus leitores a crescerem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. (2 Pe 3.18). Tanto nós como nosso povo precisamos ser pensadores cristãos!Nossa habilidade para viver com sucesso a vida cristã está diretamente relacionada não com o que nós sentimos, e sim com o que sabemos, fundamentados no ensino da Palavra de Deus escrita. Diversas vezes nas epístolas do Novo Testamento, os imperativos para o viver cristão estão reforçados por muitas verdades que temos de recordar em nossa mente. (Ver 1 Co 15.58; Ef 6.7,8; Cl 3.23-24 e Tg 1.2-3.)Essa é a maneira como a santificação acontece. A mente realiza um papel importante em discernir a vontade de Deus, que é outro aspecto vital da santificação cristã. Como o nosso povo discernirá qual é a vontade de Deus para suas vidas? Não é por meio de esfregar uma lâmpada, ou por meio de lançar sortes, ou por meio de expor um pouco de lã ao orvalho.Deus não nos chama para descobrir sua vontade como se ela fosse um tipo de código mágico que precisa ser decifrado. Ele espera que sejamos pessoas que tomam boas decisões; e isso exige o uso da mente.A Palavra de Deus nunca nos instrui a esperarmos passivamente para sermos guiados pelo Espírito, ou a esperarmos passivamente para recebermos paz no que diz respeito a determinado assunto, antes de começarmos a agir. Deus quer que pensemos com oração e com a Bíblia aberta.

c) Adoração. Que tipo de adoração Deus deseja receber? Adoração oferecida em espírito e em verdade (Jo 4.23). Isto significa adoração que é sinceramente tributada com integridade e que está, inteligentemente, em harmonia com os princípios bíblicos. O culto público não é ocasião para desparafusar nossa cabeça e depositá-la debaixo do banco. A última coisa que devemos fazer, quando chegamos ao culto, é desligar as nossas mentes. Deus quer mentes informadas e corações aquecidos, quando nos reunimos para adorá-Lo.

Qualquer outra coisa é um sacrifício inaceitável.

d) Fé. A fé bíblica não é apenas credulidade. Como alguém disse, a fé bíblica não é uma credulidade ilógica na ocorrência de algo improvável. A fé bíblica também não é mero otimismo. Não é simplesmente uma atitude positiva diante de circunstâncias negativas. Não controlamos nossas vidas com nossas atitudes mentais. A fé significa crer em tudo que Deus prometeu em sua Palavra.A fé bíblica não fecha seus olhos para os fatos (Rm 4.19-21); ela não consiste em tentar construir nossa autoconfiança. Não é acreditar em nós mesmos. Antes de qualquer outra coisa, a fé bíblica não é puramente mística. Antes de tudo, ela consiste em pensar.

e) Amor. Um dos alvos do conhecimento é o amor (1 Tm 1.5). Amor a Deus e amor aos homens são os alvos gêmeos e supremos do conhecimento bíblico. Acima de tudo, somos ordenados a amar o Senhor Deus, com todo o nosso coração, toda a nossa alma, toda a nossa mente e toda a nossa força. O conhecimento bíblico possui uma ligação vital com a salvação, a santidade, a adoração, a fé e o amor.Agora deve ser óbvio que o importante papel da mente na vida e no ministério cristão não é um simples assentimento acadêmico; é algo intensamente prático. Um ministro do evangelho que falha em aceitar pontos de vista corretos sobre o intelecto não ensinará doutrina e teologia a seu povo como tem de fazê-lo.Ele será freqüentemente prejudicado pela falsa culpa, imaginando que seu ministério, em alguma medida, não é espiritual, porque ele ensina ao povo doutrinas e se focaliza mais em meditar e raciocinar a Palavra do que em sentimentos e experiências.A regra predominante da vida cristã tem de ser a revelação objetiva da Palavra de Deus, e não a experiência subjetiva. A Bíblia tem de definir e determinar a experiência; ela nunca deve ser interpretada e torcida a fim de adequar-se à experiência.Os crentes precisam conhecer suas Bíblias. Homens e mulheres crentes que falham em abraçar pontos de vista bíblicos sobre o intelecto não crescer ão na graça, como o fariam se abraçassem tais pontos de vistas.O povo de Deus é destruído por falta de conhecimento. Pastores que não ensinam corretamente ao povo de Deus correm o risco de serem rejeitados por Deus (Os 4.6). Deus afirma: Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência. (Jr 3.15). Não apascentam com conversas sobre a Bíblia, com histórias impressionantes, com piadas inteligentes ou com humor, e sim com inteligência e conhecimento.Nunca subestime o que pode advir de um ministério de púlpito sadio e firme, que consistentemente satisfaz os padrões de excelência. Tal ministério pode ser o instrumento de treinar homens para a liderança da igreja. Também diminuir lá o trabalho da sala de aconselhamento.Nunca subestime o poder que exercem os pensamentos dos homens no moldar as suas atitudes. Os homens agem da maneira como eles pensam. Alguém já disse corretamente que as opiniões são mais fortes do que exércitos. Muitas vozes estão gritando em nossos dias, dizendo-nos que o importante não é a doutrina, e sim a experiência. Mas, ao contrário de tal afirmação, as duas são importantes.A primeira tem de moldar a segunda. A doutrina é extremamente importante. Temos de rejeitar a idéia de que alguém pode ser crente sem levar em conta o que ele crê. Pelo contrário, o que uma pessoa crê faz toda a diferença no que diz respeito ao cristianismo bíblico.Esse é um dos principais interesses que distingue a fé evangélica do catolicismo romano, no qual a tradição tem sido exaltada acima da Palavra de Deus, o ritual se deteriorou em ritualismo, e cerimônias vazias se tornaram um substituto sem significado para a adoração inteligente.Também é um dos principais fatores que distingue a fé evangélica do liberalismo, com sua rejeição da doutrina e sua ênfase na ação social. Não é um acidente que o ecumenismo está divorciado da teologia.Homens e mulheres crentes que não são instruídos em doutrina e sã teologia revelarão uma tendência para viverem mais pela paixão do que pelo princípio. Eles tenderão a desconsiderar os mandamentos evidentes de Cristo e manifestarão uma inclina ção ímpia para preferências e impulsos subjetivos (.Deus não me falou sobre isto ou aquilo. Deus não me levou a fazer isto ou aquilo.).Nenhum discípulo de Cristo deveria necessitar de impressões especiais para motivá-lo a obedecer os evidentes mandamentos e princípios das Escrituras. Deus exige obediência à sua Palavra, independentemente dos sentimentos, inclinações pessoais e preferências de alguém.Aqueles que deixam de abraçar pontos de vistas bíblicos a respeito do papel da mente na vida cristã estar ão freqüentemente à mercê de seus desejos, confundindo seus interesses pessoais e suas preferências com a vontade de Deus (Jr 17.9). Eles revelar ão a tendência de abraçar um Cristo sentimental, ao invés do Cristo revelado na Bíblia, e de julgarem seu relacionamento com Ele fundamentados em critérios subjetivos, ao invés de fundamentados nas promessas objetivas e nos preceitos da Palavra de Deus (Rm 5.8; Jo 14.15; 15.10-11).Eles revelarão a tendência de aceitar um ponto de vista passivo a respeito da vida cristã, esperando que o Espírito Santo lhes dê impulsos particulares, a fim de guiá-los. (Os verbos de ação do Novo Testamento indicam o contrário: lutar, correr, evitar, arrancar, mortificar, resistir, permanecer firme.)Tais pessoas se mostrarão temerosas de expressarem suas personalidades e identidades, pensando que precisam esperar no Espírito, para receberem alguns impulsos ou impressões, antes de agirem. Eles terão falta de discernimento; serão incapazes de fazer distinção entre os desejos legítimos e os desejos carnais e cairão em uma maneira hiperespiritual de pensar e de agir.Quando pontos de vistas bíblicos a respeito da mente não são entendidos e abraçados, a adoração coletiva tende a focalizar mais os elementos que se destinam a ajustar as emoções do que nos elementos que se destinam a informar a mente. Ao invés de uma sólida exposição e aplicação das Escrituras como o elemento central do culto, a pregação da Palavra de Deus será substituída por outras coisas, tais como música, histórias, vídeos, testemunhos ou apelos emocionais.Os pastores e os membros de tais igrejas serão tentados a pensarem mais em termos de pragmatismo do que nos princípios bíblicos. A questão importante será: Isto funciona?, ao invés de ser: Isto é verdadeiro?O testemunho das Escrituras a respeito do lugar vital da mente na vida e no ministério cristão deveria guardar-nos de um anti-intelectualismo não-santificado que, em vários aspectos, caracteriza a época em que vivemos, tanto dentro quanto fora da Igreja. Em seguida, mencionamos duas das formas mais comuns desse erro.1) Um fundamentalismo tacanho , um biblicismo rígido, bombástico e intolerante que se opõe ao estudo e a erudição; a maneira de pensar que equipara a erudição com o liberalismo; uma maneira de pensar que considera os pastores que estudam idiomas e consultam comentários como inimigos do evangelho ou como homens que estão apagando o Espírito Santo; uma postura que olha com suspeita toda erudição bíblica. Esse tipo de antiintelectualismo tem de ser evitado a todo custo.2) Um pietismo entusiasta . uma abordagem extemporânea da pregação que omite o trabalho de estudo e deixa a pregação para o momento de sua apresentação no culto.Uma abordagem que considera o estudo e a preparação como atitudes que apagam o Espírito Santo; a maneira de pensar que diz: Não me preparei, nem estudei como deveria, mas confiarei que o Espírito Santo me dará algo para dizer, vindo para ajudar-me no púlpito.A respeito desse tipo de abordagem, alguém disse: O Espírito de Deus não motivar á um homem sem os seus próprios esforços, visto que Ele trabalha por intermédio da utilização diligente dos recursos humanos.Nada substituirá o estudo laborioso e perseverante no fiel cumprimento dos deveres deste ofício. (Thomas Murphy, .Teologia Pastoral., p. 92). Aquilo que muitas vezes passa por confiança em Deus é pouco mais o que presunção fantasiada de indolência.Temos de estudar bastante para sermos usados por Deus. Ele não utilizar á um homem ignorante e despreparado. Não temos qualquer base bíblica para esperar que o Espírito da Verdade abençoe nossas ministrações no púlpito, quando temos sido preguiçosos nos estudos. Também não temos qualquer base bíblica para esperar que o Espírito Santo compensará nossa ignorância.No grau e proporção em que formos infectados com essa forma de anti-intelectualismo, não nos mostraremos diligentes o suficiente ao nos dedicarmos ao estudo e à preparação. Nunca devemos subestimar a grande importância da mente na vida e no ministério cristão. O comentário de James Orr transmite uma advertência penetrante:Se existe uma religião no mundo que exalta o ofício do ensino, com certeza podemos dizer que é a religião de Jesus Cristo. Freqüentemente se observa que nas religiões pagãs o elemento doutrinário é mínimo. O principal elemento em tais religiões é o ritualismo.No entanto, é exatamente nisso que o cristianismo se distingue das outras religiões. O cristianismo contém doutrina. Ele alcança os homens vindo com um ensino definido e positivo.O cristianismo reivindica ser a verdade e fundamenta-se no conhecimento, embora seja um conhecimento que pode ser alcançado somente por meio de certas condições morais.Durante toda a história da Igreja, um cristianismo divorciado do pensar sério e elevado tem revelado a tendência de tornar-se fraco, insípido e doentio; enquanto o intelecto, destituído de seus direitos na esfera espiritual, tem buscado sua satisfação fora do cristianismo e se desenvolvido em um racionalismo ímpio. (.O Ponto de Vista Cristão a Respeito de Deus e do Mundo., pp. 20, 21).O que necessitamos na Igreja de Cristo não é um intelectualismo árido, e sim um intelectualismo bíblico. Os ministros de Cristo serão luzes para seu povo somente quando tiverem abraçado uma teologia bíblica a respeito do intelecto.

sábado, 30 de outubro de 2010

Como vencer uma grande batalha?


“Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o SENHOR nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá”. Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus próprios filhos, o mataram ali à espada. Assim livrou o SENHOR a Ezequias, e aos moradores de Jerusalém, da mão de Senaqueribe, rei da Assíria, e da mão de todos; e de todos os lados os guiou. (II Cr 32.7-8; 20-22)

A paz de Cristo. Qual de nós pode declarar que jamais enfrentou uma grande batalha na vida? Quem nunca enfrentou um Golias face a face? A verdade é que todos nós estamos sujeitos a passar por lutas e provações nesta vida, a diferença se dá na forma, na maneira pela qual nós enfrentamos a peleja.

A Bíblia Sagrada tem respostas e orientações para as situações mais adversas da vida, e como vencer uma grande batalha é uma delas. No segundo livro de Crônicas, o rei Ezequias nos ensina com suas atitudes lições valiosas para vencermos as lutas e os nossos inimigos. É importante ressaltar que o oponente de Ezequias era ninguém menos que Senaqueribe, rei da Assíria, provavelmente, segundo relatos bíblicos, Assíria era o exército mais poderoso da terra naqueles dias, uma potência que esmagava tudo que cruzava o seu caminho. Mas o rei Ezequias era fiel a Deus e ao invés do desespero, vejamos quais foram as suas atitudes:

a) Estratégia – “Vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha, e que estava resolvido contra Jerusalém, teve conselho com os seus príncipes e os seus homens valentes, para que se tapassem as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram. Assim muito povo se ajuntou, e tapou todas as fontes, como também o ribeiro que se estendia pelo meio da terra, dizendo: Por que viriam os reis da Assíria, e achariam tantas águas?” (II Cr 32.3-4) – Se desejamos vencer as batalhas que se apresentam em nossa vida precisamos de estratégias, não podemos ir para o campo de batalha de qualquer maneira. A derrota às vezes nos consome porque entramos na linha de combate sem estratégia alguma. O rei Ezequias não fez assim, antes ele consultou seus oficiais e comandantes a fim de descobrir qual a melhor forma de anular o exército inimigo e mandou fechar as fontes de água.

b) Reparar os muros e preparar o armamento – “E ele se animou, e edificou todo o muro quebrado até as torres, e levantou o outro muro por fora; e fortificou a Milo na cidade de Davi, e fez armas e escudos em abundância”. (II Cr 32.5) – Se desejamos resistir ao inimigo, não podemos enfrentá-lo com os muros quebrados e com brechas, e sem o devido armamento. Quantas vezes o muro da nossa vida está em ruínas pelo pecado e caímos na tolice de achar que ainda assim resistiremos aos dardos inflamados do maligno. Caso enfrentemos o nosso adversário desta maneira, seremos presas fáceis. Ezequias mais uma vez nos ensina, ele mandou reparar os muros e fazer lanças e escudos, em outras palavras, ele tinha consciência de que, sem restauração não há quem subsista ao seu adversário.

c) Força e Coragem – “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria...” (II Cr 32.7) – A palavra de Deus diz que o SENHOR não tem prazer naquele que retrocede. Diz também que recebemos um espírito de ousadia. Em outras palavras, Deus não nos fez para sermos covardes. A caminhada cristã exige coragem, intrepidez, ousadia. Ezequias foi direto em suas palavras ao dizer para o seu povo ter ânimo, coragem. Nunca na história um exército de covardes conquistou alguma coisa. Nós, como exército de Deus, sob a direção do nosso general que é Cristo, não podemos nos acovardar diante das batalhas da vida.

d) É preciso reconhecer que o Deus Todo-Poderoso guerreia as nossas guerras – “...Com ele está o braço de carne, mas conosco o SENHOR nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós”. (II Cr 32.7) – Aqui com certeza está o fator chave para grandes vitórias, confiar no Deus forte, o Guarda de Sião. Naqueles dias muitos exércitos confiavam em cavalos e cavaleiros e desprezavam o Santo de Israel (Is 31.1). Mas Ezequias sabia em quem cria. Confiava no SENHOR, sabia que o sobrenatural de Deus estava do seu lado independente do exército oponente ser muito forte e superior em números. A sua declaração demonstrou que seu coração e a sua esperança estavam depositados no SENHOR dos Exércitos, um Deus que jamais perdeu uma batalha. Em quem temos depositado a nossa esperança em meio às batalhas? É preciso descansar em Deus e permitir que Ele lute por nós.

e) É preciso orar e clamar por ajuda reconhecendo a nossa incapacidade perante o embate – “Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria...” (II Cr 32.20-21) – Eu fico sem ação quando leio um texto desses. Quando o rei (Ezequias), representante do povo e o profeta (Isaías), boca de Deus na terra, levantam um clamor aos céus, Deus simplesmente envia um anjo destruidor e o exército de Ezequias nem precisa ir para a luta. Com apenas um anjo de Deus tudo foi resolvido. O exército mais poderoso da terra foi derrotado por um anjo. E Senaqueribe foi assassinado pelos próprios filhos, o preço a ser pago por aqueles que zombam de Deus e escarnecem do Criador. Quantas são as vezes que o problema, a peleja se apresenta e nós não oramos, mas tentamos vencer a luta do nosso jeito, com a força do nosso braço.

Quando Senaqueribe se levantar contra a tua vida, faça como Ezequias e contemple a vitória em nome de Jesus.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

GRANDES VITÓRIAS DEPOIS DE GRANDES PROBLEMAS É NO TEMPO CERTO DE DEUS.

Saber esperar o tempo determinado pelo o Senhor faz a diferença entre obter a VITÓRIA ou sofrer AMARGAS consequências. Deus pode nos prometer algo, mas isso não significa que ELE o vai cumprir hoje, amanhã, ou depois. Tudo acontecerá no tempo determinado. Em outras palavras: na melhor hora, porque Deus não se adianta nem se atrasa no cumprimento de seus propósitos.

Deus sabe quem somos. ELE sabe muito bem o que podemos e o que não pódemos ter ou fazer, o que suportamos e o que não suportamos; se a nossa estrutura é adquada ou inadequada para recebemos alguma coisa. Assim, ELE determina o tempo mais apropriado para dar-nos a bênção. e nesse tempo, certamente, já estaremos prontos para tomar posse dela.

Quem somos nós para dizer a Deus que alguma coisa está tardando, ou que tem de acontecer aqui e agora? Aquietemo-nos, e aguardemo-nos a hora certa de Deus. Se ELE prometeu, é certo que ELE o fará e lhe dará a VITÓRIA -- e na hora certa , pois Deus é zeloso. Pense nisso , e espere no tempo de DEUS.

Que Deus lhe abençõe.


O PODER........Não seremos felizes até que façamos de Deus a fonte de nossa realização e a resposta a nosso anseios. ELE é um único que deve ter poder sobre nossa alma. "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deuse não nossa".(2:Coríntios 4:7).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aborto certo ou erado?

Aborto, certo ou errado?

"Certa mãe carregando nos braços um bebê, entrou num consultório médico e, diante deste, começou a lamuriar-se:

– Doutor, o senhor precisa me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida de novo! Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas sim num espaço grande entre um e outro.

Indaga o médico:

– Muito bem... e o que a senhora quer que eu faça?

A mulher, já esperançosa, respondeu:

– Desejo interromper esta gravidez e quero contar com sua ajuda.

O médico pensou alguns minutos e disse para a mulher:

– Acho que tenho uma melhor opção para solucionar o problema e é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorria, certa que o médico aceitara o seu pedido, quando o ouviu dizer:

– Veja bem, minha senhora... para não ficar com dois bebês em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer... Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar o que a senhora tem nos braços é mais fácil e a senhora não corre nenhum risco.

A mulher apavorou-se:

– Não, doutor!!! Que horror!!! Matar uma criança é crime!!! É infanticídio!!!

O médico sorriu e, depois de algumas considerações, convenceu a mãe de que não existe a menor diferença entre matar uma criança ainda por nascer (mas que já vive no seio materno) e uma já crescida. O crime é exatamente o mesmo e o pecado, diante de Deus, exatamente o mesmo."

Texto: Aborto é Crime! - Autor Desconhecido.
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"Ai dos que chamam de mau aquilo que é bom e que chamam de bom aquilo que é mau; que fazem a luz virar escuridão e a escuridão virar luz; que fazem o amargo ficar doce e o que é doce ficar amargo! Ai dos que acham que são sábios, dos que pensam que sabem tudo!" (Isaías 5: 20 e 21)
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Queridos, tudo bem?

Que o amor de Deus a graça e paz de Jesus Cristo e a comunhão do Espírito Santo esteja contigo e com todos os que você ama no dia de hoje e para todo o sempre.

Esse é um tema muito comentado no momento, o aborto é algo que deve ser repudiado por todos aqueles que se declaram cristãos, na verdade creio que todas as pessoas de bem deveriam lutar contra essa prática, não só discutindo se deve ou não ser regulamentada com temos visto na atual campanha política, os dois candiidatos, em disputa, não disseram em nenhum momento serem totalmente contra o aborto e é muito provável que, para ganhar os votos dos cristãos, até o final da campanha se declarem contrários, temos de estar atentos a tudo isso, mas o principal não é isso, devemos continuar lutando para mostrar as pessoas que pensam em fazer um aborto que isso é algo totalmente fora da vontade de Deus, aborto é um assassinato e dos mais graves, pois não dá nenhum tipo de defesa a vitima. A ciência comprova que um feto é um ser vivo e o principal, a Palavra de Deus nos mostra isso, em Jeremias 1: 4 e 5 esta escrito: "Ora veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta."

Vamos, meus queridos, lutar para que o aborto não se torne algo aprovado por lei, mas principalmente vamos mostrar, falar, discutir (no bom sentido) mostrando as pessoas que aborto é crime, se não pelas leis humanas, é crime nas leis de Deus. Pergunte a quem já fez um aborto o quanto isso deixou marcas de tristeza, todas as que tive a oportunidade de conversar ficaram feridas na alma, a mente não sara e somente o perdão de Deus pode trazer um pouco de alivio a essas pessoas, mesmo perdoadas não conseguem esquecer pois é algo terrível demais e o diabo jamais as deixará esquecer, não queira isso para sua vida e nem para a vida de ninguém.

No mais, queridos, vamos orar ao Senhor pedindo que abra os olhos das pessoas e nunca mais aconteça esse assassinato, que usa como nome a palavra aborto.

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Para Refletir;

"Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 5: 13, 14 e 16)
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Deus te abençoe e a todos na sua família.

Um abraço, no amor de Cristo,

Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

INFORMATIVO MISSIONÁRIO DE SETEMBRO

SEGUNDA IGREJA BATISTA REGULAR EM PORTO VELHO


Av. Amazonas nº 3967 Box 07 - Bairro: Agenor de Carvalho

MINISTÉRIO PASTORAL:
Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira


SAUDAÇÕES EM CRISTO AMADOS IRMÃOS,


Louvo a DEUS pelo privilégio de entrar em contato com os amados mensalmente com o fim de fim de informá-los sobre os últimos acontecimentos envolvendo o nosso ministério em campo rondoniense.
Os trabalhos seguem na sua normalidade, a freqüência tem sido melhor a cada culto, por essa razão estamos alugando um outro prédio para uso da escola dominical e para podermos aumentar o nosso salão mais 04(quatro) metros, com o fim de proporcionar um espaço menos apertado e que acolham mais confortavelmente os nossos irmãos e amigos. O aluguel ficará em R$ 450,00(quatrocentos e cinqüenta reais), infelizmente não haverá outra solução se faz necessário alugarmos mais uma sala, ainda bem que ficará vizinha ao templo.
A Igreja acrescentou ao seu rol de missionários o Pr. Luzanilto Neves de Oliveira, missionário e membro da Igreja Sião em Juazeiro do Norte/ce e que atualmente estar servindo ao senhor como missionário no sítio barro vermelho distrito de Barbalha. Pela misericórdia ajudamos 12 missionários e a missão barnabé em Rio Branco/AC, o investimento mensal em missões chega a R$ 650,00(seiscentos e cinqüenta reais). Nosso objetivo é terminarmos o ano com 15 missionários, esperamos em DEUS alcançarmos esse propósito.
Nos dias 29, 30 e 31 do corrente mês estaremos viajando a Campinas em Rio Branco/AC, para realizarmos uma conferência de aniversário da Igreja Batista em Campinas, congregação da Igreja Batista Canaã, a qual o meu amigo, parceiro e colega de ministério o Pr. Duarte(mas conhecido como Valdenei) estar pastoreando. Temos trabalhado em cooperação com essas igrejas na plantação de novos trabalhos, nos estados do Rio Branco e Rondônia. Temos uma equipe arrojada , o Pr. Elson Mariano em Campinas, Pr. Wanderbergh no Bairro Calafate, eu em Porto Velho e o Pr. Duarte na Canaã. Somos um grupo pequeno em tamanho, mas grande em realizações para a glória do SENHOR, esperamos em breve assim que construirmos o templo em Campinas, darmos inicio a uma outra obra. Ore por nós amados, precisamos de vossas orações, para que possamos fazer a obra do SENHOR.
Gostaria que os amados agradecessem a DEUS comigo pelas vitórias alcançadas:
• Compra da nossa casa própria pelo plano do governo MINHA CASA MINHA VIDA. Graças ao PAI compramos a nossa casinha.
• Manutenção do nosso ministério. As igrejas e irmãos voluntários e anônimos tem nos apoiado no nosso sustento, DEUS abençoe essas igrejas e irmãos.
• Por nosso casamento e família. Completamos 23 anos de casados e DEUS tem nos presenteados com uma família maravilhosa.
• Pelos os estudos de Jéssica na faculdade e seu trabalho, e pelo namoro de Stephanie e por seu trabalho.
Orem pelos seguintes pedidos:
• Compra do nosso terreno. Precisamos o mais rápido possível de um terreno, a atual fase do nosso projeto exige que tenhamos um prédio próprio, nos ajude em oração e também em ofertas.
• A organização do congregação em Igreja para o ano de 2011, em janeiro completaremos 04(quatro) anos de fundação.
• Pela saúde do nosso amao Pastor José Marques. Estar fazendo quimioterapia para curar um cancer na gargante. Ore por esse homem de DEUS.
• Saúde do Pr. Marcos. Tenho sofrido desde janeiro com uma dor forte na região da próstata, fui ao médico e me receitou uns exames suspeitando de hérnia, mas até agora não tive condições de fazer os exames, só tem vaga no SUS em novembro. Preciso fazer urgente esses exames, ore pra DEUS abrir as portas.
• Ore pelos missionários que estão sendo perseguidos, que estão enfrentando dificuldades nos campos. Que estão derramando lágrimas. As lágrimas são manifestações físicas do que está dentro de nós em momentos de alegria ou tristezas. Choramos por alegrias, porém muito mais quando estamos tristes. Jesus menciona o choro nesta passagem se referindo às tristezas e dificuldades, e é estranho pensar que são “bem-aventurados” ou “felizes” os que choram. Não seria o contrário? Não! Somos felizes porque o consolo vem do Senhor! Bem-aventurados somos porque seremos consolados por Ele! Assim também são nossos irmãos perseguidos. Quantas lágrimas não são vertidas, quantos clamores não invadem os céus (Rm 12.15b), se envolvendo e sustentando em oração esses amados. Eles precisam de nós tanto quanto precisamos deles. O consolo virá (Sl 30.5)!

Continuo contando com vossas orações, pois dependo, necessito e careço das mesmas, é impossível realizarmos a obra do SENHOR sem oração, podemos ter rios de dinheiro, mas se não tiver oração DEUS não derrama sua benção. LEMBRE-SE “A MAIOR CONTRIBUIÇÃO QUE UMA IGREJA PODE DAR A UM MISSIONÁRIO E A ORAÇÃO” Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira.

No amor de Cristo,

Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira

AG: 153-8 C.C: 0540208-5 BRADESCO
IMAIL: prmarcos_regular@hotmail.com
FONE:(69) 8118-5212(TIM) 9219-4382(CLARO)
3214-3562(CASA) 3222-2180(TRABALHO)


FAZER MISSÕES É ANDAR NO LIMITE, E O LIMITE DE DEUS É OS CONFINS DA TERRA

INFORATIVO MISSIONARIO DE AGOSTO

SEGUNDA IGREJA BATISTA REGULAR EM PORTO VELHO


Av. Amazonas nº 3967 Box 07 - Bairro: Agenor de Carvalho

MINISTÉRIO PASTORAL:
Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira

SAUDAÇÕES EM CRISTO AMADOS RMÃOS,

Novamente entro em contato com os amados irmãos com o fim de informá-los a cerca das notícias do nosso ministério referente ao mês de agosto do corrente ano. Nos dias 04 e 05 fui ao Amazonas pregar numa conferência da sociedade feminina na cidade de Canutama, na Igreja Evangelica Batista, fundada pela mesma equipe que o Pr. frederico Orr participava. Antes de chegar em Canutama, pernoitei em Labrea/AM e tive o grande privilégio de trazer um desafio aos seminaristas do Polo Teológico fundado pelo Pr. Frederico Orr em Labrea. Também foi me aberto a oportunidade para apresentar um relatório do nosso ministério, o qual foi muito bem aceito pela igreja.
Na quarta feira cedo, as 5.00 da manhã, embarcamos numa voadeira no rio plurus em destino a Canutama, chegando no local desejado meio dia, fomos recebidos no porto pelo Pr. Eder, pastor da Igreja Evangélica Batista. Pregamos na quarta no culto de doutrina, sexta no culto de oração e sabado e domingo na conferencia da sociedade feminina que teve como tema: "SALVAS PARA SERVIR". Retornamos a Porto Velho dia 07 de Setembro.
Graças a DEUS a freqüência dos cultos estão uma benção, nossa área é de 5x8 o que suporta apenas 40 pessoas no máximo, os cultos estão sempre bem assistidos, temos uma freqüência de 30 a 35 pessoas todo domingo. Nas quintas culto de oração a freqüência cai para 15 a 20 pessoas, na escola dominical temos uma assistência de 20 pessoas. Estamos precisando de um local mais espaçoso, necessitamos comprar um terreno para construir nossas instalações, não quero mudar de prédio, pois isso gera um mal testemunho, quero sair para o nosso próprio templo. Por essa razão, necessitamos do apoio das igrejas co irmãs para juntos comprarmos nossa área, para podermos trabalhar com tranqüiidade, conto com as vossas orações.
Mudamos o número da nossa conta que era do banco do Brasil e estava no nome da nossa tesoureira, o motivo da mudança foi devido o movimeno bancário na conta da irmã França, estar gerando uma receita incompátivel com os seus rendimentos e como funcionária federal poderia cair nas malhas do leão do imposto de renda, por essa razão emprestei uma conta minha a igreja que vai ser utilizada temporariamente até podermos abrir uma outra. O número da conta estar gravada no meu imail, sempre que os amados receberem um imail meu, lá em baixo após a mensagem aparecerá o número da conta, com o horario dos cultos.
Segue anexo os relatório da igreja e das ofertas que recebo, para os amados estarem informados de maneira clara e transparente acerca das nossas entradas. Muitos não entendem porque eu faço dessa maneira, mas é a minha forma de agir, me sinto bem fazendo dessa forma, acredito que é assim com transparencia que se faz um ministério sério e confiável. As ofertas enviadas a minha pessoa tiveram uma entrada superior aos outros meses, devido as igrejas do ceará terem contribuindo, por conta da minha visita ao campo cearense entre julho e agosto. As saidas da igreja tiveram um valor acentuado, devido nós termos investido 3.000,00(tres mil reis) na compra de um carro para igreja, um apolo 91 em bom estado de conservação totalmente em dias. O preço de mercado desse carro aqui é e 5.000,00(cinco mil reais) aproveitamos a oportunidade e investimos na aquisição desse bem móvel com o fim de fazer render o nosso capital, como também servir a igreja nos seus trabalhos.
Conto com vossas orações em nosso favor, para que DEUS nos favoreça com sua graça e misericórdia suprindo cada uma das nossas necessidades. Como sempre digo: A MAIOR CONTRIBUIÇÃO QUE UMA IGREJA PODE DAR A UMA MISSIONÁRIO É A ORAÇÃO. Ore por nós, hoje e sempre, necessitamos muito das rações ds amados em favor de nós e de nosso ministério.


No amor de Cristo,

Pr. Marcos Glaison Alencar Ferreira - Simplesmente

(69) 9219-4382(CLARO) - 3214-3562(FIXO) - 8118-5212(TIM)

Conta da Igreja
AG: 153-8 C.C: 0082074-1 BRADESCO
TITULAR - MARCOS GLAISON ALENCAR FERREIRA


OBS: FAVOR COMFIRMAR O RECEBIMENTO DO IMAIL, AGUARDO SEU RETORNO


PORTO VELHO, 14 DE AGOSTO DE 2010

Deposite sua oferta – Banco Bradesco - Agência 153-8, C/C 0540208-5 para crédito Marcos Glaison Alencar Ferreira

FAZER MISSÕES É ANDAR NO LIMITE
E O LIMITE DE DEUS É OS CONFINS DA TERRA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O PAPEL DO CRENTE NA ELEIÇÃO

Saudações no precioso nome de Jesus,

A palavra de Deus nos ordena em diversas passagens bíblicas, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, a anunciar o evangelho do reino de Deus, como defender os direitos de todos principalmente dos pobres e necessitados.

É nossa responsabilidade, como cidadãos e principalmente cristãos, mas assim como temos negligenciado a evangelização também temos negligenciado a ação social e política.

Creio que nosso papel como cristão, além de orar, é “influenciar os governantes, eleger nossos candidatos, protestar legalmente e promover mudanças sociais dentro da lei para que os impostos sejam melhor distribuídos atendendo as demandas da população”.

Como fazer isso em meio a uma geração corrupta e de moral decadente?


1 - Sendo sal e sendo luz. Pregando um evangelho praticável e de efeitos visíveis, o evangelho do Reino de Deus.

“Quem sabe podemos fazer um pouco menos de show e um pouco mais de ação social e de outras ações diretas”, participando direta e indiretamente das decisões governamentais que tanto influenciam nossa vida “secular” como “espiritual”.

2 - Exercendo sua cidadania pois “todo cristão é também cidadão. Todo cristão deve exercer sua cidadania à luz dos valores do reino de Deus e do melhor e máximo possível da ética cristã, somando forças em todos os processos solidários, e engajado em todos os movimentos de justiça”.

Aproximamos-nos de mais uma eleição e, muitos de nós pensamos que nossa responsabilidade acaba no momento em que votamos.

Pelo contrário, é aí que ela começa pois temos, não só que votar, mas fiscalizar e cobrar dos eleitos, leis justas e o atendimento das demandas sociais de uma população cada vez mais carente e sofrida, fruto de sua ignorância e pecado.


”Comparecer às urnas é um ato intransferível de cidadania, um direito inalienável que custou caro às gerações do passado recente do Brasil, e uma oportunidade de cooperar, ainda que de maneira mínima, na construção de uma sociedade livre, justa e pacífica”.

Devemos, portanto, escolher e votar naqueles em que cremos serem homens e mulheres de Deus para serem baluartes da moral e dos bons costumes, honestos, íntegros e defensores dos direitos de toda a sociedade.

Eu farei isso e te convido a fazer também, por esse motivo tomo a liberdade de te indicar dos amigos queridos em quem confio e nos quais votarei com convicção. A escolha é sua. Se omitir ou votar e exigir dos eleitos que cumpram suas responsabilidades com temor de Deus e amor ao próximo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

As formas de liderança

Uma liderança ideal é algo difícil de ser definida, tendo em vista que um estilo adotado por um líder pode ser extremamente eficaz em determinada situação e, num outro momento, o mesmo estilo poderá ser totalmente inadequado. Por exemplo, um líder de presença marcante, de idéias definidas, o tipo conhecido como “personalidade forte”, pode ser um agente impulsionador para uma equipe composta de pessoas mais dependentes e que possuem uma tarefa a ser cumprida num curto espaço de tempo. Por outro lado, este estilo de liderança poderia causar a desmotivação em pessoas mais maduras, que se realizam ao efetuar suas atividades com autonomia.

Na verdade, esta dificuldade em definir um estilo ideal de liderança, não nos impede de analisar e aprender sobre as muitas formas de liderar, sobre os resultados alcançados por estas ou sobre seus “efeitos colaterais”.

A controvérsia entre os que defendem que uma pessoa já nasce com determinados traços de personalidade para liderar e os que acreditam que a habilidade de liderança é algo adquirido, através das experiências de vida, já não causa tanta polêmica, pois na prática, percebemos que pessoa alguma lidera sempre, em qualquer situação, como já vimos acima. Logo, a teoria dos traços de personalidade não encontra muita sustentação. É comum, entretanto, encontrar pessoas defendendo que o líder já nasce pronto. Na maioria das vezes, estas pessoas percebem que os líderes possuem características pessoais que lhes proporcionam esta habilidade, mas cientificamente não podemos afirmar que eles já nasceram com estas características.

Falemos agora mais especificamente sobre estilos de liderança:

A classificação mais popular das formas de se liderar admite existir a “autocrática” e a “democrática”.

O líder autocrático é mais conhecido como “chefe”. Seria aquele condutor que define o que e como deve ser feito. Podemos supor que se é ele quem define tudo, este acredita ser a sua opinião sempre a mais correta e ainda serem seus subordinados pouco merecedores de confiança. Fica nítido que a atenção principal deste líder está voltada para as tarefas e não para as relações humanas de seu grupo. Baseia seu poder geralmente na posição (cargo) que ocupa.

Já o líder democrático busca compartilhar suas decisões e atividades com os outros membros do grupo. Podemos dizer que ele possui outra visão do ser humano e de si. Caso acredite que todos devam participar do planejamento e execução da tarefa, podemos supor que não acredita ser o dono da verdade e que todos possuem condições de agir com autonomia e responsabilidade. Sua atenção está voltada principalmente para as relações interpessoais e vê seu poder baseado na credibilidade que o grupo lhe atribui.

Esta teoria, que divide a liderança em autocrática e democrática, é antiga e simplista. No entanto, podemos perceber que a maioria das outras são embasadas nesta classificação.

Quando saímos da teoria, podemos observar que raramente um líder possui apenas um estilo, que seja sempre autocrático ou sempre democrático. Ou ainda que, embora seja predominantemente democrático, não possa também possuir uma grande atenção para a tarefa.

Esta “mescla” de estilos na mesma pessoa pode ser extremamente benéfica. Como já dissemos anteriormente, a defesa de apenas um estilo como sendo o mais adequado é praticamente impossível, já que existem inúmeras situações pelas quais um grupo pode estar passando e que exigirá uma forma ou outra de liderança. Fatores como a maturidade dos membros do grupo, o relacionamento grupal, as crenças e valores pessoais, as diferentes tarefas que serão cumpridas e os prazos para execução, entre outros, deverão certamente influenciar no comportamento do líder.

Diante desta constatação Ken Blanchard e Paul Hersey (1969), sistematizaram a teoria da liderança situacional. Com este raciocínio, podemos analisar as diferentes situações com que nos defrontamos diariamente e conseqüentemente, os estilos mais adequados para lidar com cada uma delas.

Podemos por exemplo verificar o grau de motivação, o comprometimento e o preparo técnico da equipe que lideramos.

Suponhamos, a partir disto, quatro situações diferentes:

1) Numa equipe extremamente motivada, comprometida em alcançar o sucesso e bem preparada tecnicamente, podemos supor que a atenção do líder deverá estar voltada apenas para a definição de objetivos e verificação dos resultados.

2) Numa outra situação, podemos nos deparar com uma equipe formada por pessoas altamente capacitadas, porém não demonstrando motivação e comprometimento com os resultados. Neste caso, o líder não se preocupará com aspectos técnicos na execução das tarefas, mas estará voltado para o incentivo e estímulo dos participantes.

3) Pensemos numa outra situação, inversa da descrita acima: uma equipe motivada e comprometida, porém incompetente para a realização das tarefas exigidas. Neste caso, o foco principal do líder deveria ser o de capacitação técnica dos demais, através de treinamento.

4) Por fim, vamos imaginar um grupo de pessoas desmotivadas, descomprometidas e incompetentes. Aí, a atenção do líder necessitaria estar voltada para todos os aspectos discutidos nas situações anteriores.

Assim, fica clara a necessidade do líder desenvolver sua sensibilidade e percepção, “diagnosticando” sua equipe, para que possa definir deliberadamente como irá atuar. Não podemos nos esquecer que, em qualquer situação em que uma equipe possa estar, o líder nunca deverá perder de vista suas funções básicas de gerenciador, com atenção concentrada nos objetivos e resultados.

Por fim, seria fundamental lembrarmos que uma mesma equipe, assim como cada indivíduo, passa por diferentes graus de maturidade, ao longo de sua existência. Isto é importante para que não rotulemos as equipes de maduras ou imaturas. E lembre-se: a responsabilidade em tornar uma equipe cada vez mais madura é fundamentalmente do líder.

Na benção!!!

domingo, 4 de julho de 2010

Como restaurar o caído

Pedro chegou a ponto de desistir de tudo. Desistiu de ser discípulo

O apóstolo Pedro é um símbolo do homem inconstante. Como o pêndulo de um relógio, ele oscilava entre as alturas da fé e as profundezas da covardia.Sempre explosivo, falava sem pensar e agia sem refletir. Era capaz das afirmações mais sublimes acerca de Jesus para depois capitular-se às fraquezas mais vergonhosas. Num momento expressava uma fé robusta e noutro, soçobrava diante da incredulidade. Pedro chegou a ponto de negar seu nome, suas convicções, sua fé e seu Senhor. Ele desceu os degraus da queda, ao julgar-se melhor do que seus condiscípulos, ao seguir a Jesus de longe, ao se inserir no meio daqueles que zombavam do Filho de Deus e ao negar repetidamente e até com impropérios que o conhecia.

Pedro chegou a ponto de desistir de tudo. Desistiu de ser discípulo. A única coisa que sabia fazer era chorar amargamente e alagar o seu leito com suas grossas lágrimas. Mesmo Pedro tendo desistido de si mesmo, Jesus não desistiu de Pedro. Jesus não abdicou do direito de ter Pedro ao seu lado. Por isso, mandou-lhe um recado pessoal (Mc 16.7). Jesus não desiste nunca dos seus. Ele é o pastor que procura a ovelha perdida. Ele vai ao encontro daqueles que caíram para restaurá-los. O que Jesus fez para restaurar Pedro?

Em primeiro lugar, Jesus toma a decisão de procurar Pedro. A ovelha perdida não volta para o aprisco sozinha. Aqueles que tropeçam e caem não se restauram sozinhos de suas quedas vergonhosas. Jesus nos ensina a ir ao encontro dos caídos. Precisamos tomar a iniciativa. Não é a ovelha ferida que procura o pastor, mas o pastor que vai em busca da ovelha perdida. Jesus não apenas nos ensinou essa verdade, ele também a praticou, dando-nos o exemplo.

Em segundo lugar, Jesus toma a decisão de não esmagar Pedro. Talvez o que Pedro mais esperasse fosse uma reprimenda severa de Jesus. Pedro havia prometido ir com Jesus até a morte, mesmo que os outros discípulos o abandonassem. Sua arrogância tornou-se notória. Pensando ser mais forte do que os outros, tornou-se mais fraco. Sua autoestima estava no pó. Ele se sentia o pior dos homens. Jesus, então vem a ele, não para esmagá-lo como uma cana quebrada. Ao contrário, prepara-lhe uma refeição, conversa com ele com discrição e faz-lhe perguntas endereçadas ao coração.

Em terceiro lugar, Jesus toma a decisão de despertar o amor de Pedro. Em vez de confrontar Pedro, fazendo-o lembrar de suas vergonhosas quedas, Jesus toca de forma sensível no âmago do problema, perguntando-lhe: “Tu me amas?”. Quando Pedro caiu, seu eu estava assentado no trono de sua vida. Para Pedro se levantar Jesus precisava estar no trono do seu coração. O amor é o maior dos mandamentos. O amor é o cumprimento da lei. O amor é a prova insofismável de que somos verdadeiros discípulos de Jesus. A condição única exigida a Pedro para voltar-se para Jesus e para reingressar no ministério era demonstrar seu amor a Jesus.

Em quarto lugar, Jesus toma a decisão de curar as memórias de Pedro. Jesus preparou a cena para conversar com Pedro. A queda do apóstolo havia sido ao redor de uma fogueira. Jesus, então, arma na praia a mesma cena. Pedro havia negado Jesus três vezes, em grau ascendente. Pedro negou, jurou e praguejou. Jesus, então, lhe fez três perguntas, também em grau ascendente. Jesus quer não apenas restaurar o coração de Pedro, mas também curar suas memórias amargas. O Senhor se interessa não apenas pelas nossas convicções, mas, também, pelos nossos sentimentos.

Em quinto lugar, Jesus toma a decisão de reingressar Pedro no ministério. Depois de restaurar Pedro, Jesus lhe deu uma ordem clara: Apascenta os meus cordeiros, pastoreia as minhas ovelhas. Jesus restaura não apenas a vida espiritual de Pedro, mas, também, o seu ministério como apóstolo e seu trabalho como pastor do rebanho. A atitude de Jesus em relação a Pedro lança luz sobre a atitude que a igreja deve ter em relação àqueles que caíram e precisam ser restaurados. Que Deus nos dê sabedoria e amor para agirmos de modo semelhante.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Flexibilidade Doutrinária: Enfraquecimento da Igreja


Inevitavelmente a principal causa do enfraquecimento da igreja é a sua atitude leviana em relação à doutrina. O desleixo e a negligência moral é a conseqüência de um desprezo pela doutrina sólida. A flexibilidade doutrinária, principal característica do liberalismo teológico, tem sido a desgraça na vida da igreja. A igreja perde o seu caráter de igreja e se transforma em uma mera instituição sem forma. Não há características, nem formas, nem conceitos, nem identidades. É como a água que se molda de acordo com o recipiente. Justa a doutrina que é o “tônico” espiritual para o robustecimento da fé. A negligência numa doutrina firme e inflexível torna a igreja desnutrida e raquítica. A igreja deve atentar por princípios que garantam a sua estabilidade e espiritualidade. Não havendo estes princípios, a igreja perde a sua finalidade e entra num caos.

Todos os aspectos da igreja são enfraquecidos quando é adotada uma atitude negligente com respeito à doutrina. Não havendo doutrina, perde-se o interesse nas coisas espirituais, trazendo terríveis conseqüências na vida moral da igreja. Torna-se apática e perde-se a noção dos seus deveres. Ficando inerte, não exerce mais a sua influência como sal da terra e luz do mundo. Não aje mais disciplinadamente para com seus membros e entrega a igreja a atitudes e comportamentos ímpios e mundanos.

A igreja deve ir atrás de uma estrutura doutrinária bem sólida. Esta estrutura deveria ser o ponto de partida para dar início ao funcionamento de qualquer igreja. Procurar se posicionar diante de uma corrente doutrinária bíblica é imprescindível se queremos nos afastar das similaridades encontradas entre a igreja e o mundo, visto que os deveres cristãos (principal marco divisório entre o comportamento cristão e o mundano) são cumpridos com base em convicções doutrinárias inflexíveis.

Precisamos rejeitar qualquer formulação de um sistema doutrinário amoldado às disposições subjetivas e tendenciosas de cada pessoa, lutando em favor da existência de uma igreja fiel e de convicção doutrinária irredutível. Rejeitar a idéia de "cada pessoa tem a sua verdade", mas proclamar a Verdade Absoluta das Escrituras.

As práticas ecumênicas são as principais defensoras de uma teologia flexível, visto que ela não permite um dogmatismo rígido por ser prejudicial à unificação de todas as crenças. É preciso agradar a todos adotando uma posição dogmática que reúna todos os sistemas doutrinários em um só lugar.

E porque o ecumenismo enfraquece a igreja? Ela mancha a evangelização. Ao contrário do que se diz, o enfraquecimento da evangelização está exatamente no liberalismo dos que aceitam o ecumenismo, deixando de lado a pregação pura do evangelho que liberta o pecador do inferno e passa a aceitar a apresentação de um evangelho social. Ao colocarmos a doutrina de lado, não há razão para pensarmos na obra missionária. O que é evangelho senão as boas novas de salvação? A proliferação das idéias ecumênicas tem colocado a igreja numa “área de conforto”, onde descansa profundamente experimentando o seu comodismo.

Uma igreja assim não se preocupa com a evangelização, porque considera todos como cristãos. “Todos são filhos de Deus!”, “Todos os caminhos levam a Deus”. Por isso não importa se ela está na igreja “A” ou na igreja “B” ou até mesmo sem igreja. Todos serão alcançados pelo Deus amoroso, bondoso e que tem pena de todos! Para quê tanta rivalidade! Qual é o problema de padres pregarem em igrejas evangélicas ou pastores subirem a um púlpito católico? Vivamos o clima de compreensão e cordialidade!!!

Essa é a atitude flexível quanto aos dogmas. A apologética é jogada no lixo, e a apresentação de Deus limita-se apenas a apresentação de um Deus paternal. “Tem de haver, neste caso, o sacrifício da doutrina, porque a sua apresentação integral promove divisões”. Prega-se a igualdade de todos os homens em relação a Deus, não levando em conta o credo que professam e nem o estilo de vida que vivem. Não se prega mais aquela teologia que ensina que para ir a Deus é preciso uma transformação radical na vida espiritual da pessoa.

Comumente é feito uma distinção errônea entre o evangelho e a doutrina. Segundo o conceito bíblico, evangelho é doutrina! A negação das doutrinas fundamentais do cristianismo é a negação do evangelho. Ao abandonarmos o conservadorismo bíblico, ficamos mais próximos dos liberais e modernistas, diminuindo a ênfase numa teologia sólida e flexível e tornando a igreja numa instituição sincretista, mistura de concepções religiosas heterogêneas.

Com a flexibilidade teológica, a igreja perdeu de vista a sua força influenciadora para a preservação da sociedade. A igreja não influencia mais na sociedade. Não tem mais voz! A sociedade prega a decadência do casamento e a igreja fica calada. A sociedade manifesta a sua ira usando a força e a anarquia contra os governantes descompromissados e a igreja fica calada (quando ela não atua junto coma sociedade!). Não se ora mais pelos magistrados civis, até porque não existe mais a doutrina de que Deus constituiu os magistrados civis para serem respeitados e obedecidos.

A flexibilidade doutrinária enfraquece também a igreja na sua vida moral. A boa doutrina é o princípio de uma vida correta. A doutrina faz a vida. Ela rege a nossa prática. O abandono de certos preceitos morais torna a igreja relaxada em receber os candidatos á profissão de fé, sem investigar o estilo de vida vivido pelo candidato. Faz vista grossa à prostituição e aos diversos tipos de imoralidade. Recebem em seu meio pessoas adúlteras e abraçam aquelas que estão entregues aos vícios da vida. "Venha a Deus como você está!", "Deus aceita você como você é!". Não existe mais aquela teologia que ensina que o homem não pode ir até Deus com seu pecado porque Deus não se agrada do seu pecado. Não existe mais a doutrina do pecado ou do inferno. Nada mais do que óbvio: se jogaram fora a doutrina bíblica, o combate ao pecado foi junto.

Essa é a principal arma que o diabo usa para destruir a Igreja de Deus. Ele não se cansa de batalhar até ver as ruínas da Comunidade dos Santos. Não se cansa até ver a sociedade mundana mastigando e engolindo, pouco a pouco, as estruturas do Corpo de Cristo. Se tivéssemos a idéia da destruição que a igreja está sofrendo, defenderíamos com o mesmo grau de vigor que o diabo tem atacado.

Este momento é o momento que exige uma posição doutrinária convicta e destemida. Os púlpitos conservadores devem falar constantemente dos ideais da igreja e do seu papel na defesa intransigente da Palavra de Deus.Precisamos doutrinar esta geração e repetir as atitudes dos nossos pais na fé na luta por uma pregação bíblica fiel, doa a quem doer. Precisamos manter crentes fiéis e inflexíveis na teologia e moldar outros para não serem levados por todo vento de doutrina. Que os conselhos sejam mais criteriosos na avaliação de novos membros. Que os nossos seminários teológicos sejam mais cuidadosos na hora de aprovar algum candidato ao sagrado ministério. Que os nossos presbíteros sejam mais atentos ao receber novos ministros de outras denominações. Que as nossas igrejas sejam mais rígidas e rigorosas na exigência de uma profissão de fé anti-maçônica, anti-pentecostal, anti-arminiana e anti-liberal.

Que os nossos púlpitos conservadores e bíblicos sejam verdadeiros canais, de onde são ensinados as antigas doutrinas da graça, doutrinas fundamentais da Palavra de Deus. “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tempos Difíceis

Os cristãos estão vivendo tempos difíceis. Descontentamento, decepção, desconforto, desencorajamento, desespero, depressão, divórcio, discórdia, desdém, desgosto, dissensão e desobediência são bastante comuns entre os que foram chamados para dar testemunho da glória de Deus e para refletir a imagem de Cristo. Muitos cristãos têm buscado conselheiros profissionais e psicólogos para ajudá-los a resolver os problemas da vida, mas esses problemas parecem estar aumentando.

Os "consumidores" cristãos carregados de problemas também podem escolher entre uma grande quantidade de produtos: livros, conferências e grupos de auto-ajuda – mas os problemas continuam se multiplicando. Quanto mais se trata dos problemas, mais as pessoas se tornam centradas neles. Até aqueles que tentam resolver os problemas da vida com princípios bíblicos, muitas vezes acabam se envolvendo tanto nesses problemas que não alcançam a raiz da dificuldade real. O tratamento dos problemas freqüentemente alcança somente os sintomas superficiais, apenas substituindo-os por outros sintomas. Alguns cristãos vivem de crise em crise. Outros carregam um peso que parece ficar mais e mais pesado com o passar dos anos.

Nunca houve tantos livros disponíveis para os cristãos na sua busca da família perfeita, do casamento perfeito e da vida perfeita. Não obstante, muitos cristãos falham em refletir a imagem de Cristo em sua família, no casamento e na vida. Será que as dificuldades que os cristãos enfrentam estão relacionadas com o fato deles estarem vivendo naqueles tempos difíceis sobre os quais Paulo alertou a Timóteo? "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas..." (2 Tm 3.1-2). A Edição Revista e Corrigida diz:"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos..."

As pessoas estão perecendo por causa do amor – do amor a si próprias. Elas foram ensinadas pelos especialistas modernos em psicologia que deveriam amar a si mesmas. Elas ouviram que, a menos que se amassem, elas não poderiam amar aos outros. Pregadores e outras pessoas bem-intencionadas fizeram ecoar as palavras: "você precisa se amar". Conselheiros e televangelistas insistiram: "Ame-se! Goste de si mesmo! Honre-se! Você merece!" Cada vez mais essas tentações de auto-comiseração ou exaltação do ego são sutil e facilmente aceitas pelas pessoas, pois o coração é enganoso (Jr. 17.9).

Mas, observe o que procede de pessoas que são "amantes de si mesmas". Esses homens "egoístas" são: "avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus" (2 Tm 3.2-4).

Uma rápida observação das palavras que seguem "amantes de si mesmas" revela um estado de vida bastante pecaminoso, assim como atitudes e atos pecaminosos. Tal amor a si próprio é tão poderoso que os "amantes de si mesmos" são "mais amigos dos prazeres que amigos de Deus". E isso está em profunda contradição com o Grande Mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.36-39).

Enquanto que os propagadores do amor a si próprio tentam ler um terceiro mandamento (ame-se a si mesmo) nessa passagem das Escrituras, Jesus deixou claro que estava falando de apenas dois mandamentos, pois disse: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.40). Não há nas Escrituras um mandamento para amar a si mesmo.

Os homens são infelizes e sofrem com os problemas da vida porque se tornaram "amantes de si mesmos" e "mais amigos dos prazeres que amigos de Deus". A inclinação pecaminosa do ser humano é amar a si mesmo mais do que a Deus e às outras pessoas. O egoísmo se agarra à natureza humana e produz inveja, luxúria, orgulho, arrogância, desrespeito por Deus, desobediência aos pais, falta de gratidão, engano, provocando tanto a paixão pelos seus próprios caminhos quanto a contenda por causa deles. Ele leva também a falsas acusações, que são exageradas, já que as pessoas têm sido encorajadas a culpar seus pais, as circunstâncias, e a qualquer outra coisa, menos a si mesmas, pela sua condição de vida.

Será que as pessoas estão tentando desenvolver-se, melhorando a si mesmas e às circunstâncias em que vivem, sem tocar na raiz do problema? Será que o amor a si próprio está escondido sob os mais benevolentes gestos e por trás das orações mais fervorosas? Que tipo de crescimento pessoal as pessoas estão procurando? O crescimento pessoal que vai aumentar sua auto-estima, ou o crescimento pessoal que envolve negar a si mesmo e tomar a sua cruz? O crescimento pessoal que vai confirmar o valor de seus próprios egos, ou o que as tornará semelhantes à imagem de Cristo?

Ambas as formas de crescimento, tanto a que se inclina para o amor a si mesmo quanto a que se inclina para amar a Deus, têm um custo elevado. Amar a si mesmo mais do que amar a Deus leva a uma perda espiritual, mas amar a Deus com todo o seu ser leva a negar o "eu" e faz com que o efeito mortal da cruz se faça sentir contra o velho homem (aquele "eu" ao qual muitos de nós ainda estão agarrados e amam), que deve ser considerado morto (Rm 6).

Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?" (Lc 9.23-25).

O mesmo Deus que salva e santifica também ordenou que as boas obras sejam uma conseqüência natural da Sua obra: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.8-10). Essas boas obras incluem amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e a obediência a Ele, pois o amor a Deus é expresso obedecendo-Lhe e amando-se uns aos outros. Uma pessoa não é salva nem se santifica pelas boas obras. Entretanto, as boas obras são conseqüência do que Deus já fez e continua a fazer. Por isso, Paulo diz: "Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.12-13).

Além disso, todas essas coisas devem ser feitas sem murmurações nem contendas (Fp 2.14), ou seja, sem reclamar ou discutir com Deus sobre as circunstâncias da vida e como proceder na presença dEle.

Por toda a caminhada cristã há o despojar-se dos velhos caminhos (do velho homem com suas paixões enganosas) e o revestir-se do novo homem, "criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Ef 4.24).

Essa é a caminhada diária do cristão. Despojar-se do velho homem é o equivalente a negar a si mesmo, e revestir-se do novo homem envolve tomar sua cruz e seguir a Cristo.

Se bem que muitos cristãos podem concordar em princípio, quantos estão fazendo isso diariamente, momento após momento? Quantos de nós estão confiando no Senhor o suficiente para tomarmos a nossa cruz, reconhecendo-O em todos os nossos caminhos e deixando-O afastar-nos do amor-próprio para amá-lO de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força, amando-nos uns aos outros tanto quanto nós já nos amamos a nós mesmos? Cada dia é cheio de oportunidades para amar a Deus ou para amar o "eu" em primeiro lugar. Qual vamos escolher?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

APOSTASIA DOS ULTIMOS DIAS


“Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem da pecado, o filho da perdição”(1 Ts 2.3)

Apostasia, termo grego que significa: “rebelião”, “abandono”. De onde vem o seu sentido religioso de “apostatar”. De maneira simples, apostatar significa abandonar a fé, rebelar-se contra Deus, abandonar a sã doutrina , que uma vez foi por todas foi entregue ao santos. Apesar da apostasia existir a muito tempo, o texto à cima menciona uma apostasia sem precedentes, de proporções gigantescas, que Satanás por meio do anticristo estalará nos últimos dias, na mente e nos corações dos homens sem Deus.
A igreja de Cristo vem sido bombardeada por esse lixo do inferno, vivemos tempos de total apostasia, essa é a marca predominante que tem assolado a igreja de Cristo nos últimos tempos, vivamos a era da igreja de Laodicéia. As igrejas que estão descritas em Apocalipses 2 e 3, foram igrejas históricas da Ásia menor, a qual Deus enviou por meio de seu servo João uma mensagem real. Todavia podemos usar as igrejas para mostrar eras da igreja de Cristo no decorrer de sua história nessa terra. Sendo assim podemos fazer a seguinte aplicação: Igreja em Eféso(30-100) igreja apostólica; Igreja em Esmirna(100-313) igreja perseguida; Igreja em Pérgamo(313-600) igreja casada com o governo; Igreja em Tiatira(600-1.517) igreja na idade média; Igreja em Sardes(1517-1648) igreja da reforma; Igreja em Filadélfia(1648-1900) igreja dos grandes avivamentos missionários e por último Igreja de Laodicéia(1900 - ?) igreja apostata. Em apocalipse Ladicéia coloca o fundamento da igreja, o cabeça da igreja, para fora, (vs 20-21) Jesus suplica que a mesma o deixe entrar. A igreja coloca Jesus para fora dela, quando começa a ser liderada por preceitos e dogmas humanos, quando o mundanismo passa a tomar conta dos cultos, quando todo o foco do culto passa ser as necessidades humanas e não a pessoa de Cristo. Na igreja que age dessa maneira, Jesus está fora.
Existe varias maneiras da apostasia se instalar em uma igreja, uma delas é a sutileza, entra como não quer nada, uma pitada aqui, outra acolá, e depois não tem mais jeito, ela já contaminou completamente a igreja. Fico muito triste em constatar que certas práticas já existam em nossas igrejas, as quais é com certeza, uma porta ampla para a proliferação da apostasia. Algumas de nossas igrejas estão deixando o campo apropriado para a proliferação do mosquito da apostasia, muitas delas permitem mulheres pregando em reuniões ordinárias da igreja, em cultos de quarta feira e escola dominical. O que mais me impressiona é que o argumento que usam para defender tal pratica é patético, dizem que a mulher não pode pregar no púlpito, mas na parte de baixo sim, outros fazem diferença de culto, ela só pode pregar no domingo a noite, mas na quarta e na escola dominical tudo bem. Ainda existe outras que dizem: tem mulheres que pregam melhores que certos homens, concordo que exista mulheres mais capazes que muitos homens, mais essa não é razão para pautarmos nossas escolhas, pois as decisões e obediência da igreja deve ser fundamentada nas Escrituras e não em capacidade humana. Devemos lembrar que Deus não faz sua escolha para o ministério baseada na capacidade humana, é pela graça, garanto que se fosse por capacidade, estaria de fora, pois não estaria qualificado. A ordem que Deus transmitiu a igreja por meio de Paulo, não foi proibindo os lugares ou os dias que as mulheres não poderiam pregar, mas que na igreja a mulher fique calada, que a mulher não deve exercer autoridade do homem, que no contexto claramente se identifica, como profetizar, pregar a Palavra.(1 Cor 14.34-34; e 1 Tm 2.11-15). Se somos bíblicos como de fato somos, não podemos tolerar ou permitir que tal prática possa tomar conta da igreja de Cristo, sugiro até que as igrejas que assim procedem, sejam afastadas da comunhão, pois as mesmas não seguem mais os princípios e doutrina dos apóstolos e se assim estão, não resta outra alternativa, senão afastar-se(2 Jo 9-11; Rm 16.17). Devemos nos lembrar que uma maça podre estraga as demais, que uma velha ruim, estraga todo rebanho. Existe um princípio bíblico que reflete o que acabamos de falar: “Não é boa vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois de fato sem fermento. Pois também Cristo nosso cordeiro pascal, foi imolado.”(1 cor 5.6,7)
Os pastores tem a grande responsabilidade de ensinar todo conselho de Deus aos homens. Se o pastor faz sua parte tendo a disciplina e o compromisso de transmitir ao povo a Palavra de Deus, certamente tal povo ou igreja estará imunizada contra a apostasia.(Ef 4.11-16). Os ministros precisam se fadigar no estudo e ensino da Palavra(1 Tm 5.17), para tal o mesmo precisa ter comunhão com Deus através do estudo sistemático das doutrinas e da oração. Também deve procurar ler livros de teologia cristã, participar de congressos e gastar muito tempo em visitar os membros. Se de fato realizar essas atividades seu rebanho estará imunizado contra a apostasia.
As ovelhas também tem uma grande responsabilidade de não depender somente dos pastores, precisa buscar comunhão com Deus, através da oração, leitura da Palavra e de bons livros. Participar de todos os culto sempre que possível, ser um crente atuante na igreja local, envolvendo-se na obra de corpo e alma. Viva em comunhão com seus irmãos, exortando uns aos outros, a permanecerem firmes na fé. Se proceder assim , com certeza vai fabricar anticorpos espirituais que combaterão o vírus da apostasia.
Não precisamos vivermos assustados por cauda da existência da apostasia, mas precisamos com certeza estarmos preparados para combatermos, portanto, usemos dos recursos espirituais que estão ao nosso alcance e certamente teremos vitória sobre a apostasia em todas as suas formas. Amém
POR QUE PASSAMOS POR DESERTOS?

“e vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco”. (Ezequiel 20.35)

Esse texto tem me incomodado bastante desde o inicio dessa semana. Eu o li quando estava me antecipando a uma tomada de decisão importante e ele tem sido para mim o retrato fiel do momento que tenho passado com Deus e comigo mesmo.

Vejo-me em um deserto pessoal. Encontro-me em um caldeirão de expectativas, em uma agenda apertada, com um grito preso na garganta: “eu dependo de Deus!”. São definições importantes para a vida da igreja, ações gigantescas de renovação e decisões que marcarão a minha vida pessoal. Mas, eu sei que tudo isso tem conferido crescimento à minha vida em todos os sentidos.

Quando se reconhece que se está no deserto é imprescindível ter duas coisas em mente: “Qual é o propósito do deserto?” e “Com quem você estará no deserto?”.

Com essas duas indagações me ponho a escrever esse artigo afirmando em primeiro plano que o deserto na minha vida tem neste tempo me ensinado a depender mais de Deus. O texto acima começa dizendo “e vos levarei ao deserto dos povos”. Essa expressão “deserto dos povos” tem a ver com o exílio babilônico, quando o povo de Deus viu-se espoliado, massacrado em sua auto estima, mas consciente de que todo aquele sofrimento (séc. VI e V a.C) era em resposta ao afastamento do povo de Deus do Deus do povo!

Saber que Deus quer me ensinar a ser mais dependente coloca-me diante dos meus limites. Eu não tenho assim, como arrogantemente vez por outra eu penso o controle de tudo, e essa constatação é fruto de um senso de nulidade absoluta. Não há verdadeiramente nenhum bem na minha natureza humana e só encontro sentido em Deus, aquele que me conhece por inteiro. Somos os nossos próprios piores inimigos! Não há verdadeiramente nenhum mérito em nossa tentativa de trabalhar para Deus se antes de tudo, não permitirmos que Deus trabalhe em nossas vidas!

Na segunda indagação quero me delongar um pouco mais: “Com quem estou no deserto”. O texto acima diz: “... e ali face a face entrarei em juízo convosco”. O próprio Deus se coloca diante de nós no deserto ouvindo o nosso clamor por uma intimidade maior e “face a face” nos atende, fazendo justiça em nosso favor.

Há vários gritos de justiça em nosso país! Em relação à truculência policial, desaparecimentos de crianças sem solução, há casos de corruptos e corruptores que ainda postulam cargos políticos, enfim, há muito descaso para com os homens de bem desta moralmente frágil nação. Mas, o nosso maior clamor deve ser: “Senhor, venha estar comigo face a face!”.

Na minha vida pessoal tenho desejado isso de todo o meu coração. Quero manter contato com a face de Deus, desejo estar com Ele, pois entre eu e Ele há entendimento, os meus limites estão estabelecidos, as doenças da minha alma são todas conhecidas e certamente não expõe minhas fragilidades e nem lança meu rosto pecados já confessados! O interessante é que embora, alguns não me perdoem, Deus me perdoa totalmente!!!

Em relação às minhas angústias pela causa do Evangelho e pela saúde da igreja que pastoreio tenho que aprender com Martinho Lutero, uma vez que todas as noites ele fazia a mesma oração: “Senhor, eu carreguei o fardo da Tua Igreja hoje e sei que és o Rei dela. O meu corpo cansado precisa de um pouco de sono, portanto quero rolar a Igreja, que é Tua, e entrega-la em Tua mãos para, como Rei dela, guarda-la esta noite e permita-me descansar um pouco; amanhã pela manhã, volto a retornar o fardo”.

E, permaneço acreditando piamente que o Senhor, aquele que me convidou para estar no deserto, será o mesmo que velará pela minha vida e me dará a vitória em todos os propósitos do meu coração, desde que os mesmos sejam confirmados por Ele para a Sua glória!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

De frente para o espelho

Espelho sm. Objeto que serve para refletir imagens.

A humanidade, consciente ou inconscientemente, está mergulhada no mundo da iconografia. Vivemos cercados de símbolos, figuras ou imagens. Provocamos, com as nossas ações, imagens que expressam nossa personalidade e até mesmo o nosso caráter. A liderança também se desenvolve dessa forma, permeada de um imaginário fictício ou verídico, ela vai atuando na sociedade por meio de diversas representações.

Se o seu estilo de liderança fosse colocado diante de um espelho, quais as imagens que seriam refletidas? Você está satisfeito com o que vê?

Convido você agora a refletir sobre alguns possíveis reflexos de sua liderança.

Reflexo 1: A aparência

O primeiro reflexo a ser pensado se refere à aparência, ou seja, se você é um líder que se preocupa demasiadamente com a aparência, essa preocupação pode lhe levar a viver numa eterna crise existencial. Existe uma verdade que deve prevalecer na mente de qualquer líder: a de que a sua tarefa não é causar uma boa impressão naqueles que lidera, mas provocar neles um impacto transformador, pois o máximo que uma boa aparência pode provocar é o convencimento de idéias, ou seja, na superficialidade posso convencer o outro de que estou certo, entretanto, por ser superficial jamais conseguirei produzir uma mudança significativa na vida dele.

Liderança, contudo, não é apenas convencimento de idéias ou pessoas, mas transformação de vidas, e esse impacto transformador só é possível por meio da prática de uma verdadeira essência e não de uma verossímil aparência. A crise existencial nasce, justamente, pelo fato de o líder não se preocupar com a transformação de vidas, mas apenas com o convencimento de idéias.

Apesar de todo o discurso que há sobre a valorização do ser, parece que no final das contas o líder está preocupado somente com os resultados. Em busca de resultados imediatos nos tornamos apáticos com aqueles que lideramos. Então, imagine, se agimos assim com os que estão sob a nossa liderança, o que será dos outros que estão à margem da nossa atuação? O custo da manutenção da aparência é justamente a busca imediata pelos resultados, pois eles garantem momentaneamente o nosso status quo. Quero ressaltar que no processo de liderança, as pessoas são fundamentais; não como meros mecanismos que garantem a realização dos nossos desejos, mas como seres que podem tornar real a transformação de um lugar, uma sociedade ou até mesmo uma nação.

Para isso, todo líder no desempenho de sua liderança deve evitar a preocupação com o estereótipo e focalizar a essência, compreendendo o outro e a si mesmo, buscando por meio da compreensão uma mudança significativa e prática de idéias e atitudes.

Reflexo 2: O medo

O segundo reflexo está ligado ao medo. Para compreendermos o medo como sendo um reflexo influenciador na liderança é necessário voltarmos um pouco ao sentido da iconografia citado no início deste artigo. O termo grego eikonographía (iconografia), eikon (imagem) e graphia (escrita), era utilizado também para a representação dos heróis gregos através de imagens e símbolos. Essa caracterização permeou a história para sustentar a ilusão de heroísmo presente no imaginário do ser humano. Em pleno século XXI, a iconografia é tão real como foi no mundo grego. Na liderança, essa caracterização ainda existe para legitimar o poder do qual os líderes estão revestidos. Criamos os líderes heróis cristãos, e ainda mais, assim como no mundo grego, cultuamos esses líderes.

Contudo, para o herói ou o líder manter-se como ícone na história, há um preço a ser pago. Um dos mais notáveis historiadores da atualidade, Jean Delumeau, em seu livro História do medo no Ocidente, o qual analisa a existência do medo situada entre os séculos XIV e XVIII, ressalta que “os homens no poder fazem de modo a que o povo – essencialmente os camponeses – tenha medo” (1990, p.15), essa afirmação é real no momento em que esse medo eterniza os mais simples a viverem acomodados no sofrimento e escravos a uma ideologia vergonhosa e distante de qualquer ideal libertador e de uma vida plena e abundante.

Permita-me ser contundente e perguntar se podemos observar tal reflexo em nossas lideranças eclesiásticas. Será que não estamos utilizando uma representação de herói para marginalizar o povo e conduzi-lo a uma vida viciada na comercialização de bênçãos em nossos sistemas cristonômicos? Amedrontamos as pessoas por meio de vários fenômenos para que elas estejam cotidianamente presas aos nossos programas eclesiásticos e sigam corretamente um manual de conduta cristã. Se a pessoa não participa de “tal” campanha, ou não cumpre “certas” normas, possivelmente a necessidade dela não será suprida. Esse é um fenômeno que, conseqüentemente, aterroriza a mente daqueles que muitas vezes não têm o discernimento para perceber as façanhas mirabolantes da liderança. A imagem do herói exerce um poder de coesão e manipulação do fiel.

O historiador Delumeau ainda afirma que o medo, nos tempos antigos, era um perigo ocasionado pela natureza. Assim, a seca, os terremotos, as inundações e as pestes eram quem aterrorizavam as sociedades. Atualmente, entretanto, quem amedronta a sociedade é o próprio homem em virtude de seus ideais materialistas e insanos, os quais acabam por legitimar sua figura de herói.

Reflexo 3: O poder

O último reflexo a ser tratado aqui está relacionado ao poder. Você deve ter percebido que os dois últimos reflexos são alguns dos meios que muitos líderes têm utilizado para alcançar o poder.

Não quero argumentar agora sobre as questões técnicas do poder, entretanto, pretendo abordar um princípio bíblico para pensarmos sobre o assunto. Acredito que a atual crise vivenciada no contexto da liderança deve-se ao fato de não compreenderem a importância que os meios têm no processo da caminhada do líder até o seu objetivo final. Há uma preocupação excessiva com os títulos e nenhuma ética para alcançá-lo.

O princípio bíblico remete ao Antigo Testamento. Davi, conforme registra 2 Sm 6, foi estabelecido rei em Israel, mas a arca da aliança não estava em Jerusalém. O novo rei deveria levar a arca para o centro daquela nação, pois esta simbolizava a aliança de Deus para com aquele povo. Jerusalém, por sua vez, simbolizava a força econômica, política e social daquela nação, conseqüentemente, a arca, em Jerusalém, devolvia a autoridade que todo o Israel necessitava naquele momento. Diante disso, Davi elabora sua primeira tentativa para conduzir aquele símbolo de volta e, como a história narra, Deus desagradou-se do meio utilizado para fazer o transporte. Houve irreverência, falta de temor por parte daqueles que estavam transportando a arca. Deus estava ensinando naquele momento que mais importante do que levar a arca para Jerusalém, era o como levar.

Nós, líderes cristãos, na busca pelo triunfalismo espiritual, muitas vezes esquecemos dos meios que temos utilizado para alcançá-lo. Não percebemos que estamos agindo sem temor diante das nossas obrigações em relação a Deus e o seu povo. Contudo, Davi retoma sua caminhada, mas agora era diferente, pois “sucedeu que, quando os que levavam a arca do Senhor tinham dado seis passos, sacrificava ele bois e carneiros” (2 Sm 6.13). Imagine quão longa seria a viagem se a cada seis passos eles paravam para sacrificar ao Senhor. Enfim, esse princípio nos ensina que o mais importante não é simplesmente chegar, mas quais meios estamos utilizando para atingir nosso objetivo.

Posso afirmar que, para sustentar a aparência no poder, muitos líderes, infelizmente, têm amedrontado o povo com vários programas e obrigações eclesiásticas. É um ciclo vicioso, pois os programas eclesiásticos garantem momentaneamente o nosso status quo e, por incrível que pareça, a execução do medo é o meio pelo qual os líderes mantêm o poder baseado na aparência, afinal de contas, os medrosos são covardes e não possuem coragem para contestar o que quer que seja, ainda mais as práticas daqueles que se denominam heróis.

Repensar a forma como estamos caminhando na liderança é um primeiro passo para buscarmos medidas efetivas de mudanças que agradem a Deus. Conseqüentemente, será possível cumprir o seu querer em nossas vidas por meio de um bom desempenho enquanto líderes.

Na benção!!! Tudo Pelo Reino