quinta-feira, 17 de junho de 2010

Flexibilidade Doutrinária: Enfraquecimento da Igreja


Inevitavelmente a principal causa do enfraquecimento da igreja é a sua atitude leviana em relação à doutrina. O desleixo e a negligência moral é a conseqüência de um desprezo pela doutrina sólida. A flexibilidade doutrinária, principal característica do liberalismo teológico, tem sido a desgraça na vida da igreja. A igreja perde o seu caráter de igreja e se transforma em uma mera instituição sem forma. Não há características, nem formas, nem conceitos, nem identidades. É como a água que se molda de acordo com o recipiente. Justa a doutrina que é o “tônico” espiritual para o robustecimento da fé. A negligência numa doutrina firme e inflexível torna a igreja desnutrida e raquítica. A igreja deve atentar por princípios que garantam a sua estabilidade e espiritualidade. Não havendo estes princípios, a igreja perde a sua finalidade e entra num caos.

Todos os aspectos da igreja são enfraquecidos quando é adotada uma atitude negligente com respeito à doutrina. Não havendo doutrina, perde-se o interesse nas coisas espirituais, trazendo terríveis conseqüências na vida moral da igreja. Torna-se apática e perde-se a noção dos seus deveres. Ficando inerte, não exerce mais a sua influência como sal da terra e luz do mundo. Não aje mais disciplinadamente para com seus membros e entrega a igreja a atitudes e comportamentos ímpios e mundanos.

A igreja deve ir atrás de uma estrutura doutrinária bem sólida. Esta estrutura deveria ser o ponto de partida para dar início ao funcionamento de qualquer igreja. Procurar se posicionar diante de uma corrente doutrinária bíblica é imprescindível se queremos nos afastar das similaridades encontradas entre a igreja e o mundo, visto que os deveres cristãos (principal marco divisório entre o comportamento cristão e o mundano) são cumpridos com base em convicções doutrinárias inflexíveis.

Precisamos rejeitar qualquer formulação de um sistema doutrinário amoldado às disposições subjetivas e tendenciosas de cada pessoa, lutando em favor da existência de uma igreja fiel e de convicção doutrinária irredutível. Rejeitar a idéia de "cada pessoa tem a sua verdade", mas proclamar a Verdade Absoluta das Escrituras.

As práticas ecumênicas são as principais defensoras de uma teologia flexível, visto que ela não permite um dogmatismo rígido por ser prejudicial à unificação de todas as crenças. É preciso agradar a todos adotando uma posição dogmática que reúna todos os sistemas doutrinários em um só lugar.

E porque o ecumenismo enfraquece a igreja? Ela mancha a evangelização. Ao contrário do que se diz, o enfraquecimento da evangelização está exatamente no liberalismo dos que aceitam o ecumenismo, deixando de lado a pregação pura do evangelho que liberta o pecador do inferno e passa a aceitar a apresentação de um evangelho social. Ao colocarmos a doutrina de lado, não há razão para pensarmos na obra missionária. O que é evangelho senão as boas novas de salvação? A proliferação das idéias ecumênicas tem colocado a igreja numa “área de conforto”, onde descansa profundamente experimentando o seu comodismo.

Uma igreja assim não se preocupa com a evangelização, porque considera todos como cristãos. “Todos são filhos de Deus!”, “Todos os caminhos levam a Deus”. Por isso não importa se ela está na igreja “A” ou na igreja “B” ou até mesmo sem igreja. Todos serão alcançados pelo Deus amoroso, bondoso e que tem pena de todos! Para quê tanta rivalidade! Qual é o problema de padres pregarem em igrejas evangélicas ou pastores subirem a um púlpito católico? Vivamos o clima de compreensão e cordialidade!!!

Essa é a atitude flexível quanto aos dogmas. A apologética é jogada no lixo, e a apresentação de Deus limita-se apenas a apresentação de um Deus paternal. “Tem de haver, neste caso, o sacrifício da doutrina, porque a sua apresentação integral promove divisões”. Prega-se a igualdade de todos os homens em relação a Deus, não levando em conta o credo que professam e nem o estilo de vida que vivem. Não se prega mais aquela teologia que ensina que para ir a Deus é preciso uma transformação radical na vida espiritual da pessoa.

Comumente é feito uma distinção errônea entre o evangelho e a doutrina. Segundo o conceito bíblico, evangelho é doutrina! A negação das doutrinas fundamentais do cristianismo é a negação do evangelho. Ao abandonarmos o conservadorismo bíblico, ficamos mais próximos dos liberais e modernistas, diminuindo a ênfase numa teologia sólida e flexível e tornando a igreja numa instituição sincretista, mistura de concepções religiosas heterogêneas.

Com a flexibilidade teológica, a igreja perdeu de vista a sua força influenciadora para a preservação da sociedade. A igreja não influencia mais na sociedade. Não tem mais voz! A sociedade prega a decadência do casamento e a igreja fica calada. A sociedade manifesta a sua ira usando a força e a anarquia contra os governantes descompromissados e a igreja fica calada (quando ela não atua junto coma sociedade!). Não se ora mais pelos magistrados civis, até porque não existe mais a doutrina de que Deus constituiu os magistrados civis para serem respeitados e obedecidos.

A flexibilidade doutrinária enfraquece também a igreja na sua vida moral. A boa doutrina é o princípio de uma vida correta. A doutrina faz a vida. Ela rege a nossa prática. O abandono de certos preceitos morais torna a igreja relaxada em receber os candidatos á profissão de fé, sem investigar o estilo de vida vivido pelo candidato. Faz vista grossa à prostituição e aos diversos tipos de imoralidade. Recebem em seu meio pessoas adúlteras e abraçam aquelas que estão entregues aos vícios da vida. "Venha a Deus como você está!", "Deus aceita você como você é!". Não existe mais aquela teologia que ensina que o homem não pode ir até Deus com seu pecado porque Deus não se agrada do seu pecado. Não existe mais a doutrina do pecado ou do inferno. Nada mais do que óbvio: se jogaram fora a doutrina bíblica, o combate ao pecado foi junto.

Essa é a principal arma que o diabo usa para destruir a Igreja de Deus. Ele não se cansa de batalhar até ver as ruínas da Comunidade dos Santos. Não se cansa até ver a sociedade mundana mastigando e engolindo, pouco a pouco, as estruturas do Corpo de Cristo. Se tivéssemos a idéia da destruição que a igreja está sofrendo, defenderíamos com o mesmo grau de vigor que o diabo tem atacado.

Este momento é o momento que exige uma posição doutrinária convicta e destemida. Os púlpitos conservadores devem falar constantemente dos ideais da igreja e do seu papel na defesa intransigente da Palavra de Deus.Precisamos doutrinar esta geração e repetir as atitudes dos nossos pais na fé na luta por uma pregação bíblica fiel, doa a quem doer. Precisamos manter crentes fiéis e inflexíveis na teologia e moldar outros para não serem levados por todo vento de doutrina. Que os conselhos sejam mais criteriosos na avaliação de novos membros. Que os nossos seminários teológicos sejam mais cuidadosos na hora de aprovar algum candidato ao sagrado ministério. Que os nossos presbíteros sejam mais atentos ao receber novos ministros de outras denominações. Que as nossas igrejas sejam mais rígidas e rigorosas na exigência de uma profissão de fé anti-maçônica, anti-pentecostal, anti-arminiana e anti-liberal.

Que os nossos púlpitos conservadores e bíblicos sejam verdadeiros canais, de onde são ensinados as antigas doutrinas da graça, doutrinas fundamentais da Palavra de Deus. “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tempos Difíceis

Os cristãos estão vivendo tempos difíceis. Descontentamento, decepção, desconforto, desencorajamento, desespero, depressão, divórcio, discórdia, desdém, desgosto, dissensão e desobediência são bastante comuns entre os que foram chamados para dar testemunho da glória de Deus e para refletir a imagem de Cristo. Muitos cristãos têm buscado conselheiros profissionais e psicólogos para ajudá-los a resolver os problemas da vida, mas esses problemas parecem estar aumentando.

Os "consumidores" cristãos carregados de problemas também podem escolher entre uma grande quantidade de produtos: livros, conferências e grupos de auto-ajuda – mas os problemas continuam se multiplicando. Quanto mais se trata dos problemas, mais as pessoas se tornam centradas neles. Até aqueles que tentam resolver os problemas da vida com princípios bíblicos, muitas vezes acabam se envolvendo tanto nesses problemas que não alcançam a raiz da dificuldade real. O tratamento dos problemas freqüentemente alcança somente os sintomas superficiais, apenas substituindo-os por outros sintomas. Alguns cristãos vivem de crise em crise. Outros carregam um peso que parece ficar mais e mais pesado com o passar dos anos.

Nunca houve tantos livros disponíveis para os cristãos na sua busca da família perfeita, do casamento perfeito e da vida perfeita. Não obstante, muitos cristãos falham em refletir a imagem de Cristo em sua família, no casamento e na vida. Será que as dificuldades que os cristãos enfrentam estão relacionadas com o fato deles estarem vivendo naqueles tempos difíceis sobre os quais Paulo alertou a Timóteo? "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas..." (2 Tm 3.1-2). A Edição Revista e Corrigida diz:"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos..."

As pessoas estão perecendo por causa do amor – do amor a si próprias. Elas foram ensinadas pelos especialistas modernos em psicologia que deveriam amar a si mesmas. Elas ouviram que, a menos que se amassem, elas não poderiam amar aos outros. Pregadores e outras pessoas bem-intencionadas fizeram ecoar as palavras: "você precisa se amar". Conselheiros e televangelistas insistiram: "Ame-se! Goste de si mesmo! Honre-se! Você merece!" Cada vez mais essas tentações de auto-comiseração ou exaltação do ego são sutil e facilmente aceitas pelas pessoas, pois o coração é enganoso (Jr. 17.9).

Mas, observe o que procede de pessoas que são "amantes de si mesmas". Esses homens "egoístas" são: "avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus" (2 Tm 3.2-4).

Uma rápida observação das palavras que seguem "amantes de si mesmas" revela um estado de vida bastante pecaminoso, assim como atitudes e atos pecaminosos. Tal amor a si próprio é tão poderoso que os "amantes de si mesmos" são "mais amigos dos prazeres que amigos de Deus". E isso está em profunda contradição com o Grande Mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.36-39).

Enquanto que os propagadores do amor a si próprio tentam ler um terceiro mandamento (ame-se a si mesmo) nessa passagem das Escrituras, Jesus deixou claro que estava falando de apenas dois mandamentos, pois disse: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.40). Não há nas Escrituras um mandamento para amar a si mesmo.

Os homens são infelizes e sofrem com os problemas da vida porque se tornaram "amantes de si mesmos" e "mais amigos dos prazeres que amigos de Deus". A inclinação pecaminosa do ser humano é amar a si mesmo mais do que a Deus e às outras pessoas. O egoísmo se agarra à natureza humana e produz inveja, luxúria, orgulho, arrogância, desrespeito por Deus, desobediência aos pais, falta de gratidão, engano, provocando tanto a paixão pelos seus próprios caminhos quanto a contenda por causa deles. Ele leva também a falsas acusações, que são exageradas, já que as pessoas têm sido encorajadas a culpar seus pais, as circunstâncias, e a qualquer outra coisa, menos a si mesmas, pela sua condição de vida.

Será que as pessoas estão tentando desenvolver-se, melhorando a si mesmas e às circunstâncias em que vivem, sem tocar na raiz do problema? Será que o amor a si próprio está escondido sob os mais benevolentes gestos e por trás das orações mais fervorosas? Que tipo de crescimento pessoal as pessoas estão procurando? O crescimento pessoal que vai aumentar sua auto-estima, ou o crescimento pessoal que envolve negar a si mesmo e tomar a sua cruz? O crescimento pessoal que vai confirmar o valor de seus próprios egos, ou o que as tornará semelhantes à imagem de Cristo?

Ambas as formas de crescimento, tanto a que se inclina para o amor a si mesmo quanto a que se inclina para amar a Deus, têm um custo elevado. Amar a si mesmo mais do que amar a Deus leva a uma perda espiritual, mas amar a Deus com todo o seu ser leva a negar o "eu" e faz com que o efeito mortal da cruz se faça sentir contra o velho homem (aquele "eu" ao qual muitos de nós ainda estão agarrados e amam), que deve ser considerado morto (Rm 6).

Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?" (Lc 9.23-25).

O mesmo Deus que salva e santifica também ordenou que as boas obras sejam uma conseqüência natural da Sua obra: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.8-10). Essas boas obras incluem amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e a obediência a Ele, pois o amor a Deus é expresso obedecendo-Lhe e amando-se uns aos outros. Uma pessoa não é salva nem se santifica pelas boas obras. Entretanto, as boas obras são conseqüência do que Deus já fez e continua a fazer. Por isso, Paulo diz: "Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.12-13).

Além disso, todas essas coisas devem ser feitas sem murmurações nem contendas (Fp 2.14), ou seja, sem reclamar ou discutir com Deus sobre as circunstâncias da vida e como proceder na presença dEle.

Por toda a caminhada cristã há o despojar-se dos velhos caminhos (do velho homem com suas paixões enganosas) e o revestir-se do novo homem, "criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Ef 4.24).

Essa é a caminhada diária do cristão. Despojar-se do velho homem é o equivalente a negar a si mesmo, e revestir-se do novo homem envolve tomar sua cruz e seguir a Cristo.

Se bem que muitos cristãos podem concordar em princípio, quantos estão fazendo isso diariamente, momento após momento? Quantos de nós estão confiando no Senhor o suficiente para tomarmos a nossa cruz, reconhecendo-O em todos os nossos caminhos e deixando-O afastar-nos do amor-próprio para amá-lO de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força, amando-nos uns aos outros tanto quanto nós já nos amamos a nós mesmos? Cada dia é cheio de oportunidades para amar a Deus ou para amar o "eu" em primeiro lugar. Qual vamos escolher?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

APOSTASIA DOS ULTIMOS DIAS


“Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem da pecado, o filho da perdição”(1 Ts 2.3)

Apostasia, termo grego que significa: “rebelião”, “abandono”. De onde vem o seu sentido religioso de “apostatar”. De maneira simples, apostatar significa abandonar a fé, rebelar-se contra Deus, abandonar a sã doutrina , que uma vez foi por todas foi entregue ao santos. Apesar da apostasia existir a muito tempo, o texto à cima menciona uma apostasia sem precedentes, de proporções gigantescas, que Satanás por meio do anticristo estalará nos últimos dias, na mente e nos corações dos homens sem Deus.
A igreja de Cristo vem sido bombardeada por esse lixo do inferno, vivemos tempos de total apostasia, essa é a marca predominante que tem assolado a igreja de Cristo nos últimos tempos, vivamos a era da igreja de Laodicéia. As igrejas que estão descritas em Apocalipses 2 e 3, foram igrejas históricas da Ásia menor, a qual Deus enviou por meio de seu servo João uma mensagem real. Todavia podemos usar as igrejas para mostrar eras da igreja de Cristo no decorrer de sua história nessa terra. Sendo assim podemos fazer a seguinte aplicação: Igreja em Eféso(30-100) igreja apostólica; Igreja em Esmirna(100-313) igreja perseguida; Igreja em Pérgamo(313-600) igreja casada com o governo; Igreja em Tiatira(600-1.517) igreja na idade média; Igreja em Sardes(1517-1648) igreja da reforma; Igreja em Filadélfia(1648-1900) igreja dos grandes avivamentos missionários e por último Igreja de Laodicéia(1900 - ?) igreja apostata. Em apocalipse Ladicéia coloca o fundamento da igreja, o cabeça da igreja, para fora, (vs 20-21) Jesus suplica que a mesma o deixe entrar. A igreja coloca Jesus para fora dela, quando começa a ser liderada por preceitos e dogmas humanos, quando o mundanismo passa a tomar conta dos cultos, quando todo o foco do culto passa ser as necessidades humanas e não a pessoa de Cristo. Na igreja que age dessa maneira, Jesus está fora.
Existe varias maneiras da apostasia se instalar em uma igreja, uma delas é a sutileza, entra como não quer nada, uma pitada aqui, outra acolá, e depois não tem mais jeito, ela já contaminou completamente a igreja. Fico muito triste em constatar que certas práticas já existam em nossas igrejas, as quais é com certeza, uma porta ampla para a proliferação da apostasia. Algumas de nossas igrejas estão deixando o campo apropriado para a proliferação do mosquito da apostasia, muitas delas permitem mulheres pregando em reuniões ordinárias da igreja, em cultos de quarta feira e escola dominical. O que mais me impressiona é que o argumento que usam para defender tal pratica é patético, dizem que a mulher não pode pregar no púlpito, mas na parte de baixo sim, outros fazem diferença de culto, ela só pode pregar no domingo a noite, mas na quarta e na escola dominical tudo bem. Ainda existe outras que dizem: tem mulheres que pregam melhores que certos homens, concordo que exista mulheres mais capazes que muitos homens, mais essa não é razão para pautarmos nossas escolhas, pois as decisões e obediência da igreja deve ser fundamentada nas Escrituras e não em capacidade humana. Devemos lembrar que Deus não faz sua escolha para o ministério baseada na capacidade humana, é pela graça, garanto que se fosse por capacidade, estaria de fora, pois não estaria qualificado. A ordem que Deus transmitiu a igreja por meio de Paulo, não foi proibindo os lugares ou os dias que as mulheres não poderiam pregar, mas que na igreja a mulher fique calada, que a mulher não deve exercer autoridade do homem, que no contexto claramente se identifica, como profetizar, pregar a Palavra.(1 Cor 14.34-34; e 1 Tm 2.11-15). Se somos bíblicos como de fato somos, não podemos tolerar ou permitir que tal prática possa tomar conta da igreja de Cristo, sugiro até que as igrejas que assim procedem, sejam afastadas da comunhão, pois as mesmas não seguem mais os princípios e doutrina dos apóstolos e se assim estão, não resta outra alternativa, senão afastar-se(2 Jo 9-11; Rm 16.17). Devemos nos lembrar que uma maça podre estraga as demais, que uma velha ruim, estraga todo rebanho. Existe um princípio bíblico que reflete o que acabamos de falar: “Não é boa vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois de fato sem fermento. Pois também Cristo nosso cordeiro pascal, foi imolado.”(1 cor 5.6,7)
Os pastores tem a grande responsabilidade de ensinar todo conselho de Deus aos homens. Se o pastor faz sua parte tendo a disciplina e o compromisso de transmitir ao povo a Palavra de Deus, certamente tal povo ou igreja estará imunizada contra a apostasia.(Ef 4.11-16). Os ministros precisam se fadigar no estudo e ensino da Palavra(1 Tm 5.17), para tal o mesmo precisa ter comunhão com Deus através do estudo sistemático das doutrinas e da oração. Também deve procurar ler livros de teologia cristã, participar de congressos e gastar muito tempo em visitar os membros. Se de fato realizar essas atividades seu rebanho estará imunizado contra a apostasia.
As ovelhas também tem uma grande responsabilidade de não depender somente dos pastores, precisa buscar comunhão com Deus, através da oração, leitura da Palavra e de bons livros. Participar de todos os culto sempre que possível, ser um crente atuante na igreja local, envolvendo-se na obra de corpo e alma. Viva em comunhão com seus irmãos, exortando uns aos outros, a permanecerem firmes na fé. Se proceder assim , com certeza vai fabricar anticorpos espirituais que combaterão o vírus da apostasia.
Não precisamos vivermos assustados por cauda da existência da apostasia, mas precisamos com certeza estarmos preparados para combatermos, portanto, usemos dos recursos espirituais que estão ao nosso alcance e certamente teremos vitória sobre a apostasia em todas as suas formas. Amém
POR QUE PASSAMOS POR DESERTOS?

“e vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco”. (Ezequiel 20.35)

Esse texto tem me incomodado bastante desde o inicio dessa semana. Eu o li quando estava me antecipando a uma tomada de decisão importante e ele tem sido para mim o retrato fiel do momento que tenho passado com Deus e comigo mesmo.

Vejo-me em um deserto pessoal. Encontro-me em um caldeirão de expectativas, em uma agenda apertada, com um grito preso na garganta: “eu dependo de Deus!”. São definições importantes para a vida da igreja, ações gigantescas de renovação e decisões que marcarão a minha vida pessoal. Mas, eu sei que tudo isso tem conferido crescimento à minha vida em todos os sentidos.

Quando se reconhece que se está no deserto é imprescindível ter duas coisas em mente: “Qual é o propósito do deserto?” e “Com quem você estará no deserto?”.

Com essas duas indagações me ponho a escrever esse artigo afirmando em primeiro plano que o deserto na minha vida tem neste tempo me ensinado a depender mais de Deus. O texto acima começa dizendo “e vos levarei ao deserto dos povos”. Essa expressão “deserto dos povos” tem a ver com o exílio babilônico, quando o povo de Deus viu-se espoliado, massacrado em sua auto estima, mas consciente de que todo aquele sofrimento (séc. VI e V a.C) era em resposta ao afastamento do povo de Deus do Deus do povo!

Saber que Deus quer me ensinar a ser mais dependente coloca-me diante dos meus limites. Eu não tenho assim, como arrogantemente vez por outra eu penso o controle de tudo, e essa constatação é fruto de um senso de nulidade absoluta. Não há verdadeiramente nenhum bem na minha natureza humana e só encontro sentido em Deus, aquele que me conhece por inteiro. Somos os nossos próprios piores inimigos! Não há verdadeiramente nenhum mérito em nossa tentativa de trabalhar para Deus se antes de tudo, não permitirmos que Deus trabalhe em nossas vidas!

Na segunda indagação quero me delongar um pouco mais: “Com quem estou no deserto”. O texto acima diz: “... e ali face a face entrarei em juízo convosco”. O próprio Deus se coloca diante de nós no deserto ouvindo o nosso clamor por uma intimidade maior e “face a face” nos atende, fazendo justiça em nosso favor.

Há vários gritos de justiça em nosso país! Em relação à truculência policial, desaparecimentos de crianças sem solução, há casos de corruptos e corruptores que ainda postulam cargos políticos, enfim, há muito descaso para com os homens de bem desta moralmente frágil nação. Mas, o nosso maior clamor deve ser: “Senhor, venha estar comigo face a face!”.

Na minha vida pessoal tenho desejado isso de todo o meu coração. Quero manter contato com a face de Deus, desejo estar com Ele, pois entre eu e Ele há entendimento, os meus limites estão estabelecidos, as doenças da minha alma são todas conhecidas e certamente não expõe minhas fragilidades e nem lança meu rosto pecados já confessados! O interessante é que embora, alguns não me perdoem, Deus me perdoa totalmente!!!

Em relação às minhas angústias pela causa do Evangelho e pela saúde da igreja que pastoreio tenho que aprender com Martinho Lutero, uma vez que todas as noites ele fazia a mesma oração: “Senhor, eu carreguei o fardo da Tua Igreja hoje e sei que és o Rei dela. O meu corpo cansado precisa de um pouco de sono, portanto quero rolar a Igreja, que é Tua, e entrega-la em Tua mãos para, como Rei dela, guarda-la esta noite e permita-me descansar um pouco; amanhã pela manhã, volto a retornar o fardo”.

E, permaneço acreditando piamente que o Senhor, aquele que me convidou para estar no deserto, será o mesmo que velará pela minha vida e me dará a vitória em todos os propósitos do meu coração, desde que os mesmos sejam confirmados por Ele para a Sua glória!