quarta-feira, 12 de março de 2008

O Greenpeace evangélico

O Greenpeace evangélico
A cidade de São Paulo era conhecida com a “terra da garoa”. Pergunte a qualquer morador da cidade quando foi a última vez que ele viu garoa. Pense nas espécies de animais e plantas que já destruímos e sequer foram estudadas. O verão no Brasil aumenta de temperatura a cada ano, imagine como seu filho vai viver daqui dez anos. E nem quero aqui discutir o tal Protocolo de Kioto que os Estados Unidos (país dito evangélico!!!) não assinaram. Basta pensarmos em termos tupiniquins: nossa ararinha-azul já é tida como extinta. Até posso entender que você tenha nojo de um inseto como a barata, ou se sinta aflito diante de uma cobra, contudo isso não nos dá o direito de usufruirmos do que Deus nos tem dado de modo irresponsável. Reflita sobre essas coisas e julgue se isso não faz parte de uma vida de louvor e adoração a Deus. Será mesmo que nós, “seres criados um pouco menor que os anjos”, seremos os únicos seres vivos capazes de destruir o ambiente em que vivemos!? Último pensamento: nenhum ser vivo, domesticado ou não, destrói o ambiente em que vive. Que lado você quer ficar?

autor
Marcos David Muhlpointner
Biólogo pela Univ. Mackenzie e professor de Ciências e Biologia em colégios particulares de São Paulo. Membro da Comunidade de Jesus - São Bernardo do Campo, exercendo os ministérios de música e de pregação. Faz palestras sobre bioética, ciência e fé e atualmente está preparando um livro sobre Bioética à luz da Bíblia.


Qual é a sua relação com a causa ecológica? Desculpe-me por começar esse texto de modo tão direto e sem rodeios. Pensei em começar explicando o que é ecologia, mas não estou na sala de aula. Então decidi ir direto ao ponto: o que você está fazendo para melhorar o planeta?

Alguém poderá me responder: “Hei, pera aí Marcos, eu sou crente (bem, o diabo também crê que poderá vencer...), não sou nem biólogo nem ecologista.” Outra pessoa poderá me responder: “Estou com minha consciência tranqüila, participo de programas de reciclagem.” Agora vou mudar um pouquinho minha pergunta: “Como cristão, que conhece e lê a Bíblia, o que você tem feito pela ecologia?” Agora o assunto vai ficar mais sério!

Infelizmente tenho que te lembrar daquele papel de bala que você jogou na rua ontem; ou de um pedaço de papel que você usou só para anotar um número de telefone e jogou fora; ou ainda daqueles inúmeros canudinhos que você pegava naquele famoso fast-food pra brincar de flauta. Pense no quanto de lixo você produziu ontem, alguma coisa poderia ter sido reaproveitada? Se você ainda não percebeu nada, preste atenção nos itens abaixo:

1. Esse mundo não é nosso, ele tem um Dono: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Salmo 24:1). Só por esse texto já basta argumentar que, se esse mundo não nos pertence e estamos aqui só de passagem, é nosso dever cuidar dele.

2. O Dono deste mundo nos mandou tomar conta dele: “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gênesis 2:15). Espero que você não tenha a pretensa idéia de dizer que essa ordem foi dada apenas para Adão. Se é assim que você pensa, vou ter que te lembrar que você tem feito e talvez não saiba.

3. Somos nós os culpados da Terra estar desse jeito: “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enlanguescem os mais altos do povo da terra. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão” (Isaías 24:4-6). Será que você suporta mais um texto? Leia este: “Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem” (Oséias 4:3)

Pois é, muito antes do movimento ecológico Greenpeace ser idealizado, o ser humano já era advertido por Deus a tomar conta do planeta. E essa responsabilidade foi expressa por Deus no Éden em direta conexão com a sobrevivência do homem. Pense nas secas prolongadíssimas do nosso país, pense nas estiagens fatais para as nossas lavouras e os povos que cultivam a terra. Pense que há poucos anos atrás milhares de pessoas morreram na Europa por causa de altas temperaturas globais. Responda rápido, qual era a necessidade de um protetor solar fator 60 a cinqüenta anos atrás?

A cidade de São Paulo era conhecida com a “terra da garoa”. Pergunte a qualquer morador da cidade quando foi a última vez que ele viu garoa. Pense nas espécies de animais e plantas que já destruímos e sequer foram estudadas. O verão no Brasil aumenta de temperatura a cada ano, imagine como seu filho vai viver daqui dez anos. E nem quero aqui discutir o tal Protocolo de Kioto que os Estados Unidos (país dito evangélico!!!) não assinaram. Basta pensarmos em termos tupiniquins: nossa ararinha-azul já é tida como extinta. Até posso entender que você tenha nojo de um inseto como a barata, ou se sinta aflito diante de uma cobra, contudo isso não nos dá o direito de usufruirmos do que Deus nos tem dado de modo irresponsável. Reflita sobre essas coisas e julgue se isso não faz parte de uma vida de louvor e adoração a Deus. Será mesmo que nós, “seres criados um pouco menor que os anjos”, seremos os únicos seres vivos capazes de destruir o ambiente em que vivemos!? Último pensamento: nenhum ser vivo, domesticado ou não, destrói o ambiente em que vive. Que lado você quer ficar?

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