quarta-feira, 12 de março de 2008

O VALOR DO SACRIFICIO

O VALOR DO SACRIFÍCIO



A palavra sacrifício em hebraico habhhãbhai raiz que significa assar, que no português, adaptado a cultura brasileira seria “churrasco,” um prato apreciado pelos brasileleiros de norte a sul, usado em comemorações, confraternizações, aniversários, onde enquanto é servido as pessoas se relacionam e se alegram nestes agradáveis momentos.
O verdadeiro sacrificio religioso seria o descrito por Cristo quando assiste o publicano e fariseu em suas orações, momento o qual ele observa, aquele que se humilha diante do Senhor, reconhecendo ser pecador e que nada tem, e, o que cumpre todos os rituais prescritos em seu segmento, mas com a motivação de auto-promoção diante dos homens: “Amam o sacrifícios ; por isso, sacrificam , pos gostam de carne e a comem, mas o Senhor não os aceita; agora, se lembrará de da sua iniqüidade e lhes castigará o pecado; eles voltarão ao Egito; (Oséias 8:13) Aos primeiros é reservado seguinte: “Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna (Lucas 18:29-30).
Segundo este texto demonstra que para se entrar no Reino de Deus é necessária uma renúncia total, na área da vida que mais nos toca, aquilo que tenha para cada um o maior valor.Como ele próprio descreve, para alguns são bens, para outros pessoas ou relacionamentos, empregos, títulos, modo de ser, mas podemos observar em toda a Bíblia existem pessoas que renunciaram a tudo, com inteireza de coração, mas outras que tiveram reservas e foram esquecidas, deixadas para trás ou perderam suas próprias vidas quer seja terrena ou eterna ao desprezar o convite do mestre: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”(Mateus ¨:33)
Desde a Criação o maior anseio de Deus é ir além com o homem, no que diz respeito a relacionamento, em Oséias 6:6 “Pelo que misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos,” Sheed comenta que o verdadeiro amor e o conhecimento são o alvo do culto religioso e são mais importantes do que os sacrifícios que simbolizam e preparam o coração para a comunhão com Deus.Ao que acrescentaríamos, Deus quer que sejamos um povo diferente com caráter diferente, sem reservas, de tal forma que nos permitamos a deixa-lo mudar a nossa alma por inteiro, e, posso dizer que para qualquer homem ou mulher, em sua adolescência ou fase adulta, com o caráter já formado é muito difícil abrir mão de “achismos”, conceitos, valores, defeitos porquê já fazem parte de nós como um braço, uma perna, mão ou pé, hoje ninguém em sã consciência os amputaria para ofertar ao Senhor, mas a alma sim, esta precisa ter algumas amputações, e além disso alguns acréscimos, por que a alguns de nós nos faltam algumas partes do corpo para que sejamos como Cristo quer.
É o que lemos em Romanos 12 que eu devo me transformar renovando a minha mente, e só então experimentarei a verdadeira vontade de Deus. Mas o que é mente? A mente, ou psique tem três partes: intelecto, emoções e vontades, assim como o corpo físico tem cabeça, corpo e membros. O intelecto é tudo aquilo que eu penso, o meu lado racional, a minha lógica; as emoções são tudo o que sinto e a forma que eu aprendi a reagir emocionalmente aos fatos da minha vida e a vontade, que é tudo aquilo que eu desejo.
Ao ofertar, o que preciso acima de tudo, é saber a minha verdadeira identidade, o que penso, o que sinto e o que quero e abrir mão dela, renunciar diante de Deus. O salmista Davi discorre este assunto no Salmo 40 nos versículos 6 a 8 “Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres. Então eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu, dentro do meu coração está a tua lei.” A posição de obediência não vem somente na posição do coração, mas se manifesta no físico, onde todo o genuíno cristão chega ao momento do teste, conforme descrito em I Samuel 15:22 “Tem porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que sacrificar e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” Onde vimos o desfecho de Saul que foi reprovado em seu sacrifício em si pois o mesmo foi precedido de orgulho, auto-suficiência, arrogância e de desobediência, justamente as posições do coração as quais Deus abomina.
Vimos uma mulher na Bíblia que tem em suas atitudes todas as características de uma ofertante padrão Rute. Charles Spurgeon discorre sobre as noras de Noemi, que na ocasião de sua despedida e retorno a Israel tiveram seu teste, onde somos conduzidos à conveniência de uma simples oferta, ou do nosso tudo. Daquilo que nos sobeja, através de um superficial beijo no rosto o qual Órfa se despede de sua sogra, deixando para trás tudo o que havia vivido e aprendido a respeito de Deus, para viver na comodidade daquilo que já conhecia, do que lhe era mais familiar, daquilo que era mais seguro, em meio a seus parentes e amigos, voltando talvez, para o conforto da casa de seus pais, e como jovem e bonita, conseguisse um belo moabita com o qual talvez tenha se casado e tendo deixado para trás a tristeza da viuvez e enchido sua casa com belos filhos.
Já Rute, um exemplo de fé , fidelidade, obediência e renúncia, se dispondo a sacrificar o seu tudo. Muitos podem dizer o que ela tinha? A mesma liberdade que Deus nos dá diante do sacrifício, ele não quer forçado, ele quer espontaneidade, alegria, amor em dar a Deus o seu melhor, e justamente Noemi reflete este aspecto da grandeza de Deus quando diz em Rute 1:8: “Ide, voltai cada uma `a casa de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usaste aos que morreram e comigo” Não se fala os filhos de Noemi passaram anos doentes e elas cuidaram, ou quais as dificuldades superaram, mas mostra que ambas, até aquele momento haviam sido boas esposas, estavam no padrão da média. Mas o próprio Deus diz que os seus caminhos são muito mais altos que os nossos e então quem consegue, por meio da fé, o veículo que nos aproxima de Deus (Hebreus 11), conseguem vislumbrar sua verdadeira identidade e o valor dela, sabe que este sim é o nosso bem maior e depositá-lo aos pés do Senhor para que Ele faça o que quer, seremos como Rute, a mulher que mudou por uma atitude sua história e foi digna de estar na genealogia como bisavó do Rei Davi.
Com sua atitude de dizer: “Aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.”(Rute1:16-17), se dispôs a sacrificar tudo aquilo que foi verdade para ela até aquele momento,e se colocar na posição de humildade diante de Deus, se propondo a seguir um caminho totalmente novo e desconhecido pela fé, sendo guiada pelo doce Espírito Santo, ao lugar de provisão sobrenatural.
Este tipo de atitude ou estilo de vida não esteve disponível somente nos dias passados, para os grandes homens e mulheres de Deus na Bíblia, mas ainda nos dias de hoje o Senhor busca por adoradores que o adorem em espírito e em verdade (atitudes), que estão dispostos a dar o seu bem maior como prova de um coração verdadeiramente convertido. Não há leis ou regras daquilo que seja o nosso bem maior, a nossa oferta de um sacrifício, mas o Senhor está diariamente procurando por aqueles que sinceramente o perguntem, o que queres que eu te faça? ; eis-me aqui recebe-me a mim. Não servimos a um Deus surdo, mudo, indiferente, mas um Deus que fala, que ouve e que vê as nossas necessidades e que anseia que demos a Ele o nosso melhor e que acima de tudo andemos com ele, certos que depende muito mais de nós do que dEle.
Que nestes dias de virada nos despojemos de toda sorte de enganos, mentiras, incredulidades e que possamos nos entregar aos braços do pai sem reservas, medos, inseguranças, preocupações, dúvidas, e que estejamos certos de que se “Até aqui nos ajudou o Senhor (I Samuel 7:12), ele mesmo quer nos levar além e nos levará até os lugares altos os quais tem projetado e com certeza estará conosco em cada nível de crescimento, pois o Senhor é o mesmo ontem hoje e o será eternamente, aleluia!

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